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Paulo Pereira da Silva
2017: mais um ano de muita luta!
segunda-feira, 26 de dezembro de 2016
Paulo Pereira da Silva
Complicado este ano que anuncia o seu final. Inflação, juros altos, empresas quebrando, desemprego, incertezas e inseguranças. E o que podemos prever é que o ano que se aproxima, apesar de acreditarmos em situações um pouco mais favoráveis, é que será um ano de duras lutas para os trabalhadores brasileiros.
Tanto é que, quase no apagar das luzes de 2016, não bastassem todas as tentativas de supressão de direitos, como fixar uma idade mínima de 65 anos, somada ao tempo de contribuição, para que homens e mulheres possam se aposentar, e desvincular o reajuste dos benefícios daqueles do salário mínimo, agora outro retrocesso é lançado para punir ainda mais aqueles que estão na ativa: uma jornada flexível de trabalho, que nada mais representa do que o agravamento da precarização das relações de trabalho, oficializando no País o trabalho análogo ao escravo (com a flexibilização, o trabalhador ficaria à disposição da empresa, mas só receberia pelas horas de fato trabalhadas. Bom para quem? Claro, para os patrões!).
Só que o presidente Temer, sentindo o peso das críticas severas e a pressão intensa da Força Sindical e das demais centrais, decidiu voltar atrás em sua “sonda experimental” – elaborada para conhecer antecipadamente qual a aceitação que a decisão sobre a flexibilização teria pela sociedade – e adiar essa discussão para 2017, limitando-se, neste fim de ano, a renovar o programa que reduz a perda salarial de trabalhadores que têm carga horária reduzida. Até aí uma vitória das centrais. Mas a luta tem de ser intensificada para o ano que vem.
São estas as duas grandes frentes de luta com as quais encerramos 2016 e adentramos 2017, além, é óbvio, da nossa luta cotidiana por juros baixos, pelo fomento da produção e do consumo, pelo emprego, por dignidade para os aposentados e pela retomada do crescimento econômico. Queremos mudanças trabalhistas e previdenciárias amplamente discutidas, negociadas e de consenso, que não valorizem apenas os grandes especuladores e não tragam prejuízos aos trabalhadores.
Vamos à luta, pois 2017 nos espera!
Paulo Pereira da Silva – Paulinho
Presidente da Força Sindical e deputado federal