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Ação dos metalúrgicos na Fameq em São Paulo garante pagamento dos direitos e pacote de benefícios
segunda-feira, 25 de julho de 2016
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Empresa não vai mais funcionar e colocou os 200 funcionários em férias coletivas
A ação imediata do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo em defesa dos direitos dos cerca de 200 trabalhadores da Fameq (autopeças comprada pela Keiper, do grupo Prevent), impediu que a empresa fechasse as portas sem avisar o Sindicato e os trabalhadores, que trabalharam normalmente até sexta-feira.
A ação resultou vitoriosa, com a garantia dos direitos e o fechamento de um pacote de benefícios, que estabelece, entre outros, R$ 10 mil para cada um, além das verbas rescisórias; cesta básica e assistência médica por 12 meses; transferência de cerca de 20 pessoas, entre elas estáveis por doença profissional ou acidente de trabalho, para a unidade de Araçariguama, com pagamento das despesas de mudança e aluguel, e garantia de emprego e salário por 24 meses. A partir de hoje, todos estão de licença remunerada por prazo indeterminado.
“A unidade dos trabalhadores foi fundamental pra gente impedir um mal maior. Os trabalhadores viram a má intenção da empresa. Estamos lidando com um grupo que faz negociata, que compra empresas e depois descarta os trabalhadores como bagaço de laranja”, disse o presidente do Sindicato, Miguel Torres.
Histórico
A mobilização começou sábado de manhã, 23 de julho, após o diretor sindical Luiz Valentim flagrar caminhões na empresa retirando máquinas e equipamentos, mesmo já tendo dito ao diretor que não faria isso.
Rapidamente, o Sindicato mobilizou diretores e assessores, fez com que os carros fossem descarregados, montou acampamento na porta da empresa e intensificou o protesto nesta segunda, 25 de julho, junto com os trabalhadores. Isso levou a empresa a recuar, sentar para negociar, assumir o compromisso de pagar as verbas rescisórias e fechar um pacote de benefícios.
O acampamento será mantido até que o acordo seja homologado pelo Tribunal Regional do Trabalho. “Vamos também pedir a penhora de máquinas como garantia para o pagamento dos direitos”, disse Valentim.
O Departamento Jurídico do Sindicato dará entrada no tribunal com dissídio de dispensa coletiva.