Imagem do dia
Na manhã desta terça-feira (16) dezenas de lideranças sindicais fizeram uma panfletagem para iniciar a divulgação da celebração do Dia do Trabalhador – 1º de Maio Unificado das Centrais Sindicais foi realizado, no Largo da Concórdia (Estação de Trem do Brás), em São Paulo SP. O evento, este ano, será realizado no Estacionamento da NeoQuímica Arena (Itaquerão – estádio do Corinthians), na Zona Leste da capital paulista, a partir das 10 horas. O 1º de Maio Unitário é organizado pelas centrais sindicais:
Enviar link da notícia por e-mail
Força
Ferroviários do porto de Santos em greve hoje
segunda-feira, 29 de junho de 2015
Força
Em assembleia na tarde deste domingo (28), os empregados da Portofer Transportes Ferroviário decidiram entrar em greve, às 7 horas desta segunda-feira (29).
A empresa é responsável pela carga e descarga de granéis, contêineres e outros produtos de exportação e importação pelo porto de Santos. Emprega 300 trabalhadores.
Inicialmente, a greve será de um dia. Às 20 horas desta segunda-feira (29), haverá nova assembleia, para debater possível contraproposta da empresa ou manter a greve por mais um dia.
A categoria reivindica 9% de reajuste salarial, na data-base de março, mas a empresa oferece 8,19%. A assembleia foi no sindicato dos operários portuários (Sintraport) de Santos e região.
O presidente do sindicato, Claudiomiro Machado ‘Miro’, a diretoria e os trabalhadores que participaram da assembleia estarão nos locais de trabalho, a partir das 6 horas, organizando a paralisação.
O sindicalista diz que a categoria será imediatamente convocada para nova assembleia, caso a Portofer refaça a contraproposta. O jurídico do sindicato protocolará dissídio de greve no Tribunal Regional do Trabalho.
“Esperávamos que a empresa abandonasse o radicalismo”, lamenta Miro, “mas ela preferiu prejudicar toda a logística portuária por causa de migalhas salariais”.
A Portofer opera 800 vagões por dia na margem direita do porto, em Santos, e 600 na margem esquerda, no Guarujá. A maioria das cargas são granéis sólidos e contêineres.
A empresa tem 80 maquinistas, 80 operadores e 140 empregados em funções como supervisores, líderes e auxiliares de pátio e de operação, escriturários, pessoal de manutenção, rondantes e ‘olhos vivos’.
Os trabalhadores levaram quase duas horas na assembleia, segundo Miro, na expectativa de que a empresa telefonasse, mandasse um e-mail ou um emissário ao sindicato com nova proposta.
“Qual o quê”, diz o presidente do Sintraport. “Ela simplesmente aposta na tese do quanto pior melhor, ainda que, para isso, prejudique uma empresa do porte da Codesp (estatal federal) e os usuários do porto”.
Em mais de duas horas de negociação, nesta sexta-feira (26), a Portofer não apresentou nova contraproposta para renovação do acordo coletivo.
A greve foi decretada em assembleia na noite de terça-feira (23). “A empresa, infelizmente, mantém sua tradição de regatear misérias nas campanhas salariais”, pondera Miro.
Para o sindicalista, “só há um meio de romper a mesquinhez: a greve. Infelizmente, por insensibilidade de um grupo acostumado apenas a ganhar, sem nunca compensar o esforço dos profissionais, as demais atividades portuárias terão reflexos negativos com a paralisação. De qualquer forma, estamos abertos ao diálogo”.
A assembleia deste domingo voltou a recusar, como a de terça-feira, a correção inflacionária de 7,69% mais 0,5% de aumento real. A diferença que separa a greve do acordo é de apenas 0,81%.
A categoria está em ‘estado de greve’ desde 27 de maio, quando recusou os 7,69% nos salários e benefícios. “Pelo visto, a Portofer não acreditou na nossa disposição de luta”.
Defasagem
O tesoureiro do Sintraport, Albino Calixto de Souza, aposentado do setor ferroviário do porto, pondera que, “há 11 anos, a empresa concede apenas a reposição inflacionária, deixando os ganhos bem defasados”.
“As propostas ridículas da empresa”, diz ele, “não refletem a inflação real dos supermercados e do comércio em geral. Se considerarmos os preços dos serviços, então, a situação piora”.
O presidente do sindicato, Claudiomiro Machado Miro, por sua vez, lembra que a empresa suprimiu as horas extras sem a indenização que deveria ter sido paga imediatamente após a medida.