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Na manhã desta terça-feira (16) dezenas de lideranças sindicais fizeram uma panfletagem para iniciar a divulgação da celebração do Dia do Trabalhador – 1º de Maio Unificado das Centrais Sindicais foi realizado, no Largo da Concórdia (Estação de Trem do Brás), em São Paulo SP. O evento, este ano, será realizado no Estacionamento da NeoQuímica Arena (Itaquerão – estádio do Corinthians), na Zona Leste da capital paulista, a partir das 10 horas. O 1º de Maio Unitário é organizado pelas centrais sindicais:
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Ferroviários do porto em ‘estado de greve’
quinta-feira, 28 de maio de 2015
Força
Paralisação pode ser decretada a qualquer momento, pois a assembleia, na foto de Robson Gama, está em caráter permanente.
Na foto de Paulo Passos, trabalhadores da empresa em atividade.
Os 300 empregados da Portofer Transporte Ferroviário, responsável pela chegada de granéis, contêineres e outros produtos de exportação pelo porto de Santos, podem entrar em greve a qualquer momento.
Em assembleia na noite de quarta-feira (27), no sindicato dos operários portuários (Sintraport), a categoria recusou proposta da empresa para acordo coletivo e decretou ‘estado de greve’.
O vice-presidente do sindicato, Robson Gama dos Santos, enviou ofício à gerente de relações sindicais da Portofer, Mônica Vohs de Lima, nesta quinta-feira (28), alertando-a sobre a iminência da paralisação.
O sindicalista requereu “urgência” na resposta ao ofício, “uma vez que a assembleia deliberou o ‘estado de greve’ e pretende, em prazo curto, com ou sem resposta da empresa, se reunir” no sindicato.
“Avaliaremos a resposta ou a falta de resposta da empresa o mais breve possível e daremos continuidade à campanha salarial para a data-base de 1º de março”, adianta Robson Gama.
Defasagem
O vice do Sintraport considera “insuficiente” a contraproposta da Portofer. Segundo ele, a empresa ofereceu “apenas” a reposição inflacionária de 7,69% nos salários e benefícios.
O tesoureiro do Sintraport, Albino Calixto de Souza, aposentado do setor ferroviário do porto, pondera que, “há 11 anos, a empresa concede apenas a reposição inflacionária, deixando os ganhos bem defasados”.
“Essa reposição é ridícula”, diz Albino. “Ela não reflete a inflação real dos supermercados e do comércio em geral. Se considerarmos os preços dos serviços, então, a situação piora”.
O presidente do sindicato, Claudiomiro Machado Miro, por sua vez, lembra que a empresa suprimiu as horas extras sem a indenização que deveria ter sido paga imediatamente após a medida.
Segundo o diretor jurídico do sindicato, Nilson Franco, maquinista da Portofer, a categoria reivindica, além do índice inflacionário, aumento real de 2,31%. Dessa forma, a correção total seria de 10%.
Os trabalhadores pleiteiam ainda vale-refeição de R$ 22, inclusive nas dobras de turno, alegando que Santos é comprovadamente uma cidade com alimentação das mais caras do estado e do país.
Mais: pagamento retroativo do vale-refeição e vale-transporte ao empregado chamado para trabalhar em dia de folga, isonomia salarial na oficina e respeito ao intervalo de 11 horas entre as jornadas.
Efetivo e movimento
A Portofer tem 80 maquinistas, 80 operadores e 140 empregados em funções como supervisores, líderes e auxiliares de pátio e de operação, escriturários, pessoal de manutenção, rondantes e ‘olhos vivos’.
A empresa opera 800 vagões por dia na margem direita do porto, em Santos, e 600 na margem esquerda, no Guarujá. A maioria das cargas são granéis sólidos e contêineres.