Força Sindical Amazonas vai à luta contra medidas do governo Dilma

Dirigentes de vários sindicatos filiados à Força Sindical Amazonas soltaram a voz desde as 8h até o final da manhã desta segunda-feira, 2, em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), na avenida André Araújo – Aleixo, em protesto contra as medidas provisórias 664 e 665, que alteram as regras do seguro-desemprego, abono salarial, seguro-defeso, pensão por morte, auxílio-doença e auxílio-reclusão.

Para Vicente Filizola, presidente a Força Sindical Amazonas, o que o governo Dilma Rousseff vem fazendo é uma verdadeira traição aos trabalhadores. “O PT tornou-se uma desonra para a política brasileira, assaltando os cofres públicos, dilapidando o patrimônio da Petrobras e empurrando a conta para a população brasileira, que está sendo obrigada a tapar esse rombo gigantesco com a perda de direitos trabalhistas históricos e aumentos abusivos de impostos e combustíveis”, denunciou o líder sindical.

Já Luís Marcondes Ramos, do Sindicato dos Vigilantes Orgânicos, lembrou que o seguro-desemprego, cuja finalidade é justamente garantir uma renda mínima e condições dignas de vida ao trabalhador e sua família enquanto o mesmo consegue uma recolocação no mercado de trabalho, agora ficou mais difícil de acessar: “Quem gosta de ficar desempregado, vendo sua família passar necessidades? Desemprego não é escolha para nenhum trabalhador decente. Ao contrário, é falta de alternativa. Como pode vir esse governo, então, criar ainda mais dificuldades para o trabalhador, aumentando de forma tão estúpida o tempo mínimo necessário para que se tenha acesso ao seguro-desemprego?”, questionou.

Ou que não poupou críticas pesadas ao PT e aos aliados dos governos petistas no campo sindical foi o presidente do Sindicato dos Funcionários Públicos do Amazonas, Riad Ballut. “É uma vergonha que um partido que se diz dos trabalhadores cometa justamente os piores crimes contra a classe trabalhadora, afrontando direitos consolidados, conquistados à custa de muitas lutas e sacrifícios ao longo da historia brasileira”, afirmou, cobrando uma postura “mais digna” de outras centrais sindicais, “que hoje, ao invés dos interesses coletivos, preocupam-se apenas com os interesses pessoais de seus dirigentes, dando apoio a um governo mergulhado na corrupção.”