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Força Sindical-SC cresce em 2016
terça-feira, 6 de dezembro de 2016
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Apesar do ano difícil, a Força Sindical em Santa Catarina teve acréscimo nos sindicatos filiados em 2016, o que demonstra que continua conquistando a credibilidade quando o assunto é a defesa dos direitos dos trabalhadores.
Santa Catarina sentiu a crise chegar mais tarde ao Estado e hoje amarga o desemprego em algumas cidades, enquanto outras tem vagas sobrando.
Apesar de ter uma economia promissora e um salário mínimo próprio, conquistado por meio da luta da central estadual, há muito ainda por conquistar.
Quem comenta a atual situação da economia, é o presidente da Força-SC, Osvaldo Mafra.
Força Santa Catarina – O ano de 2016 foi bastante turbulento, com mudança de governo, eleições municipais. Como a Força-SC soube lidou com isto?
Osvaldo Mafra – A nossa central estadual tem um diferencial: a pluralidade. Em 2016 ouvimos os nossos sindicatos, e as decisões foram descentralizadas. Em reunião com os sindicatos filiados decidimos trabalhar na base e evitar a pauta político/partidária. O nosso partido são os trabalhadores, e é por eles que iremos lutar sempre. Orientamos a todas as entidades que busquem seus objetivos, que tenham suas próprias definições enquanto sindicato mas, enquanto central, nosso trabalho é – e sempre será – na base.
Força-SC – O Estado teve alguns privilégios. O desemprego demorou a bater a porta no Estado. No entanto, agora amarga meses com inúmeros postos de trabalho formal fechados. Como deve ser o cenário daqui para a frente?
Mafra – Acredito que, com a chegada do verão e as festas de finais de ano, várias vagas temporárias podem trazer um novo saldo positivo para o Estado, uma vez que o nosso litoral e nosso comércio são muito promissores. Algumas cidades com grandes indústrias metal/mecânicas, como Timbó, tem vagas abertas para diversos setores que são pujantes, mesmo com a crise que assola não só o Estado, mas todo o País. Vamos sair dessa, sim. Só precisamos buscar um novo eixo de sustentabilidade e crescimento.
Força-SC – Qual seria esse eixo?
Mafra – Deixar de punir o trabalhador pela crise e buscar alternativas para que a economia saia do vermelho. Acelerar a queda da inflação e dos juros, cortar os desperdícios públicos e combater a corrupção. Com estas medidas o Brasil volta a se tornar pujante e conquista novamente sua credibilidade junto a sociedade.
Força-SC – Sabemos que para haver trabalho é preciso haver indústria, e a indústria sobrevive através do consumo. Há chance de o País voltar a crescer por meio do incentivo ao consumo?
Mafra – Há sim. É só pegar como exemplos os anos de 2009 a 2013, quando o consumo aumentou e as indústrias tiveram de produzir mais, aumentando consequentemente o número de empregos. O Brasil está entre as dez maiores populações do mundo, o mercado é grande e promissor. Para começar, nós temos um vasto mercado interno e ele precisa ser mais explorado. O foco do País deve ser desenvolver o setor industrial, além de fomentar as pequenas empresas que, são fontes de emprego.
Força-SC – Quando a crise chegou ao Brasil, os trabalhadores foram severamente punidos com a alta taxa de desemprego. Além disto, o novo governo quer usar os direitos conquistados dos trabalhadores para amenizar a crise. Isto seria a forma mais correta de sair da crise?
Mafra – De forma nenhuma. O trabalhador não deve pagar por equívocos de governos na sua política econômica. Somos totalmente contrários a qualquer retirada de direitos. Seja elevando a idade da aposentadoria, seja retirando os direitos trabalhistas, como as NRs (Normas Regulamentadoras), entre outras. Se isto acontecer, estaremos assinando a morte não só dos direitos, mas dos trabalhadores. Eu sempre digo: sem saúde e educação nunca teremos uma sociedade capaz de enfrentar as adversidades. O governo deve olhar com mais carinho para os trabalhadores. Não é hora de reforma previdenciária. É hora de reforma tributária. Só assim vamos alcançar um rumo e dar mais igualdade à população brasileira.