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Força
Frentistas ocupam Brasília contra as reformas e pedem democracia no país
quarta-feira, 24 de maio de 2017
Força
Abastecer a Nação de esperança, justiça e democracia, com esse espírito de luta, mais de mil trabalhadores de postos de combustíveis e lojas de conveniência desembarcaram no Distrito Federal, para participar nesta quarta-feira (24) do ato “Ocupa Brasília”. A manifestação, que a princípio tinha por objetivo pressionar os parlamentares a recuarem nas reformas do governo Temer, com o escândalo da delação dos empresários da JBF, ganhou também proporções políticas. As centrais sindicais, que organizam os protestos, vão exigir Diretas Já, para garantir o estado democrático de direito no país.
Os Sindicatos dos Frentistas estão em Brasília para lutar pelos direitos de mais de 600 mil trabalhadores da categoria em todo o país, que serão atingidos, duramente, caso as reformas do governo passem no Congresso Nacional. Assim como nos protestos de 15 de março e 28 de abril, que ocorreram em todo o país, os dirigentes dos sindicatos, mais uma vez, atenderam à convocação da Federação Nacional do Frentista (FENEPOSPETRO) e da Federação estadual da categoria em São Paulo (FEPOSPETRO), para lutar contra a imposição do governo, que insiste em retirar direitos dos trabalhadores e transferir a renda dos mais pobres para os mais ricos.
O presidente da FENEPOSPETRO, Eusébio Pinto Neto, diz que diante do quadro caótico da política nacional, a manifestação de hoje da classe operária, entrará para a história e poderá mudar os rumos da Nação. Para ele, o povo tem que tomar as rédeas do Brasil para que a Justiça seja feita e a democracia respeitada. Eusébio Neto, destaca que mesmo diante do escândalo de corrupção no governo, os parlamentares se fazem de desavisados e insistem em levar adiante as reformas que vão precarizar a mão de obra, empobrecer a classe trabalhadora e promover um grande retrocesso do país. Segundo o presidente da FENEPOSPETRO, a pressão é fundamental para convencer os parlamentares, eleitos pelo povo, a defender os interesses dos trabalhadores. Ele chama a atenção para projetos retrógrados, já aprovados no Congresso que permitem: a vaquejada, o desmatamento de reserva florestal e afrouxa o estatuto do desarmamento. “Precisamos ficar atentos a esse desmonte social. O atual governo quer acabar com todos os nossos avanços e conquistas dos últimos 20 anos”, diz.
Para o presidente da FEPOSPETRO, Luiz Arraes, a população precisa sair às ruas porque o atual governo não tem moral, nem sustentação para levar adiante as reformas. Ele diz que o movimento sindical tem que mobilizar o povo para exigir Diretas Já e eleições gerais, porque o Congresso Nacional que está aí não representa os interesses do povo. “ Há males que vêm para o bem. Com o escândalo envolvendo o presidente da República, o movimento sindical ganhou tempo para barrar as reformas. Se não fosse isso, talvez as propostas já estivessem aprovadas. O momento para reagir é agora”, completa Arraes.
ESTRUTURA
Em parcerias com as centrais sindicais, os Sindicatos dos Frentistas em todo o país fretaram ônibus para se deslocarem até Brasília. As entidades enviaram dirigentes e trabalhadores da categoria para engrossar o coro contra as reformas e forçar o Congresso Nacional a arquivar os projetos. As primeiras caravanas chegaram a Brasília na tarde de ontem (23). O Rio de Janeiro e o Paraná pernoitaram na colônia da arquidiocese de Brasília, alugada pelas duas federações, para servir de “QG” dos sindicalistas. No local, que fica a dez minutos do centro de Brasília, os trabalhadores de postos de combustíveis poderão fazer as refeições, a higiene pessoal e descansar.