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Greve na Cursan em Cubatão/SP completa nove dias
quinta-feira, 28 de julho de 2016
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Trabalhadores e diretoria do Sintracomos, na assembleia da manhã desta quinta-feira
Em assembleia na manhã desta quinta-feira (28), os 70 trabalhadores da companhia cubatense de urbanização e saneamento (Cursan) representados pelo sindicato dos trabalhadores na construção civil (Sintracomos) entraram em seu nono dia de greve.
Eles rejeitaram a proposta feita pelo presidente da empresa de economia mista controlada pela prefeitura de Cubatão, Marco Túlio Camargo, em negociação na tarde de quarta-feira. Nova assembleia está marcada para as 8 horas desta sexta-feira (29).
A proposta previa o pagamento dos salários de julho não no quinto dia útil de agosto, como diz o acordo coletivo de trabalho e a legislação, mas apenas no dia 10, junto com a cesta-básica, vale-transporte e adicional de férias, tudo em atraso.
No mesmo dia, a empresa pagaria os vales-refeições de junho e julho. E, até o final de agosto, outra cesta-básica atrasada. A Cursan não apresentou data para pagamento dos três cartões de compra (gift), também atrasados.
Outro ponto polêmico da discórdia diz respeito ao plano de saúde, que o presidente do Sintracomos, Macaé Marcos Braz de Oliveira, conseguiu garantir até domingo (31), em negociação com a Santa Casa. A partir de segunda-feira (1º), o atendimento será cortado.
Na reunião de quarta-feira, o presidente da Cursan propôs que as partes tentem conversar com a Santa Casa, visando a ampliação do atendimento, mas sem estipular data para quitação de parcelas em atraso.
Outro ponto que ficou sem resposta é o que trata da campanha salarial da categoria, para renovação do acordo coletivo de trabalho a partir da data-base de maio. “Como se vê”, diz Macaé, “a situação dos trabalhadores está periclitante”.
A companhia foi notificada da paralisação, pelo sindicato, nos termos da lei de greve (7.783-1989). Segundo o sindicalista, a direção da Cursan alegou não ter condições de garantir nenhum reajuste salarial na data-base, pois seus recursos estão bloqueados judicialmente.
A empresa recebeu as reivindicações da campanha salarial em março e Macaé reclama que, durante as negociações, “sua direção sequer quis discuti-las”.
As assembleias são sempre na portaria do setor de obras (som) da empresa, na Rua Papa João Paulo II, 71, bairro Sítio Cafezal, ao lado do almoxarifado central da prefeitura.