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Na manhã desta terça-feira (16) dezenas de lideranças sindicais fizeram uma panfletagem para iniciar a divulgação da celebração do Dia do Trabalhador – 1º de Maio Unificado das Centrais Sindicais foi realizado, no Largo da Concórdia (Estação de Trem do Brás), em São Paulo SP. O evento, este ano, será realizado no Estacionamento da NeoQuímica Arena (Itaquerão – estádio do Corinthians), na Zona Leste da capital paulista, a partir das 10 horas. O 1º de Maio Unitário é organizado pelas centrais sindicais:
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Presidente da Força RS analisa lutas de 2014 e apresenta expectativas para 2015
segunda-feira, 22 de dezembro de 2014
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Em entrevista exclusiva, o presidente da Força Sindical-RS, Clàudio Janta, faz uma análise sobre as lutas de 2014 e as batalhas que esperam a classe trabalhadora em 2015. Conforme Janta, mais uma vez o apoio, a união e a participação dos trabalhadores é mais do que necessária. Acompanhe:
– Repórter: Qual a sua avaliação sobre as lutas do movimento sindical de 2014 neste início de 2015?
– Clàudio Janta: 2014 foi um ano que o movimento sindical manteve os direitos do trabalhadores, isso é positivo porque a cada ano a tentativa de retirar os direitos dos trabalhadores vem com força.
Nós tivemos avanços na negociação dos trabalhadores porque quase todas as categorias tiveram aumento real, mantivéramos as cláusulas que garantem o ganho para os trabalhadores e os índices de empregabilidade. Porém tivemos um final de ano negativo, por causa da diminuição de 50% da bancada dos sindicalistas no Congresso Nacional.
O novo ministério da área econômica está voltado para fazer o arrocho e recessão. Vemos também diversos trabalhadores perdendo seus empregos em função dos escândalos de desvios de dinheiro na Petrobrás. São fatos negativos junto com a volta da inflação e a alta dos juros, e não conseguimos diminuir em função de uma equipe econômica que ameaça não investir na indústria nacional e não manter os incentivos para o crescimento da indústria, como a redução do IPI. Outro ponto é que não conseguimos aprovar o fim do fator previdenciário. A nossa agenda trabalhista não avançou em nada, mas vamos seguir lutando.
– Repórter: A que você atribui a não regulamentação do Fator Previdenciário, que tanto oprime o trabalhador?
– Clàudio Janta: Na verdade uma falta de vontade política e falta de comprometimento do governo com essa bandeira de luta dos trabalhadores. A alegação do governo é sempre que não tem dinheiro q a gente vê milhões sair pela vala pública. Quem onera a previdência não são os trabalhadores nem o setor privado, são os trabalhadores das grandes empresas públicas. E isso prejudica a vida dos trabalhadores!
Cada vez mais fica difícil o trabalhadores se aposentar. Temos uma luta no congresso que á desaposentadoria, que está dois a dois. Esperamos que o Supremo aprove a desaposentadoria. Nós vimos que a previdência é uma empresa que mais arrecada no mundo e é mal gerida. Propomos até uma administração tripartite para a previdência.
– Repórter: Em 2015 teremos novos mandatos na esfera estadual e federal. A expectativa possivelmente é de maior debate sobre os grandes problemas dos trabalhadores, por meio da retomada de negociações sobre a pauta trabalhista. Você acredita que a conversa será mais aberta nos próximos anos?
– Clàudio Janta: Acredito que será bem mais difícil, teremos que ter mais poder de mobilização, estar mais nas ruas e mais presentes em Brasília. Nos últimos tempos a postura do governo sempre fica do lado do sistema financeiro, que explora o povo brasileiro. Vamos ter momentos muito difíceis em 2015 mas acredito que já tivemos momentos difíceis e a união dos trabalhadores e do movimento sindical permitiu que nós enfrentássemos essas dificuldades.