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Previdência – Centrais fecham consenso contra idade mínima
segunda-feira, 30 de maio de 2016
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Sindicalistas elencam propostas para acabar com o rombo da Previdência Social
As centrais querem acabar com o rombo da Previdência Social, principal argumento usado pelo governo para propor o estabelecimento da idade mínima para as aposentadorias, medida que os trabalhadores são radicalmente contra. “É bom lembrar que existe uma reforma em andamento que é a fórmula 85/95”, diz Paulo Pereira da Silva, Paulinho, presidente da Força Sindical. Por esta fórmula, os brasileiros se aposentam quando a soma da idade e do tempo de contribuição atinge 85, para as mulheres, e 95, para os homens.
Em reunião realizada ontem (dia 30), na sede do Dieese ( Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Sócioeconômicos), as centrais sindicais citaram as providências que desejam ver adotadas pelo governo para acabar com o rombo na Previdência: fim das desonerações fiscais que provocaram perdas na arrecadação da Previdência, cobrar as filantrópicas que não pagam a Previdência, fazer o agronegócio precisa pagar mais, o governo deve cobrar as dívidas fazendo um Refis (Programa de Recuperação Fiscal ) para os devedores, vender os imóveis inativos da Previdência e regulamentar os jogos , que geram receitas.
Mudança
A reunião das centrais com o governo prevista inicialmente para o dia 3 mudou para o dia 10. Para João Batista Inocentini, presidente licenciado do Sindicato Nacional dos Aposentados, o grande problema ė a previdência rural. A partir da Constituição de 1988 foram incluídos no sistema previdenciário os trabalhadores rurais que não contribuíram para a Previdência.
As centrais são contra o estabelecimento da idade mínima para a aposentadoria porque a medida “prejudica os trabalhadores que começaram a trabalhar mais cedo. São pessoas que sempre batalharam para ajudar no sustento da família, que praticamente não tiveram oportunidades de estudar e arrumar empregos com remunerações mais altas e, no ato da aposentadoria, também não podem ser prejudicados novamente”, declara Paulinho.