Servidores poderão fazer nova assembleia diante da prefeitura de Guarujá/SP

Crédito: Arquivo

Entre as atividades de mobilização aprovadas, poderá ocorrer, se necessário, uma grande assembleia, diante do paço municipal, às 16 horas de sexta-feira (27), para decidir o que fazer diante da intransigência da prefeitura.

O principal ponto da assembleia foi o aumento da carga horária de seis para sete horas e 12 minutos por dia, sem compensação financeira, determinado por uma portaria. A direção do sindicato e a categoria exigem a revogação da portaria.

Em reunião à tarde, com a diretoria executiva do sindicato e seis vereadores, o secretário de governo, Gilberto Venâncio Alves, reiterou que não revogará a portaria. O secretário de administração, José Agnaldo Beghini de Carvalho, apoiou Venâncio em silêncio.

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Às 11 horas de segunda-feira (23), o prefeito Válter Suman (PSB) terá reunião com a executiva do sindicato, a comissão de vereadores criada para acompanhar as negociações entre as partes e os dois secretários, quando anunciará um projeto de lei para regulamentar o horário de trabalho.

Exoneração de secretário
Na assembleia desta noite, em discurso bastante aplaudido, o presidente da câmara, Edilson Dias (PT), anunciou que, na reunião com o prefeito, pedirá a exoneração do secretário de administração: “Ele veio de Cubatão para o Guarujá apenas para prejudicar o funcionalismo”.

O diretor financeiro do sindicato, Zoel Garcia Siqueira, e o vereador Edilson, garantiram que não darão aval a nenhum projeto de lei sem que o funcionalismo se posicione. Segundo eles, nada será aprovado em prejuízo da categoria.

Vários servidores, mulheres em sua maioria, discursaram na assembleia e foram aplaudidos quando denunciaram péssimas condições de trabalho e relataram pressões de chefias para que se adaptem às novas regras impostas pelo secretário de administração.

Uma funcionária emocionou o auditório ao dizer que sua chefia orientou-a a abandonar um tratamento de câncer por incompatibilidade de sua jornada de seis horas com o horário de atendimento clínico. Zoel disse que isso é assédio moral e que acionará o jurídico do sindicato.

A proposta de assembleia diante da prefeitura foi feita pelo secretário-geral do Sindserv, Edler Antônio da Silva: “A mobilização da categoria, em apoio à direção sindical, e uma grande assembleia diante da prefeitura é que construirão soluções equilibradas”.

Outros assuntos
Além da questão das 7 horas e 12 minutos, a assembleia tratou ainda das escalas de trabalho de 12 por 36 horas, aposentadoria com integralidade e paridade do cargo e decreto de readaptação e restrição. Além de Edilson, participaram da assembleia os vereadores Raphael Vitiello (PSDB) e Tody (PMDB). Na reunião da prefeitura, estavam presentes também Toninho Salgado
(PSD) e Vargas (PSB).