Sindicato da Construção Civil do RJ participa de reunião da Força Sindical

Crédito: Arquivo: Sindicato

A Força Sindical do Estado do Rio debateu, na manhã desta sexta-feira (24 de julho), o Programa de Proteção ao Emprego (PPE).

Este programa é uma medida provisória do governo federal para desestimular as demissões diante da crise econômica. A proposta permite a redução da jornada de trabalho em até 30%, com a consequente redução dos salários. O governo, por meio do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), vai arcar com 15% desta perda salarial.

Assim, se o trabalhador recebe R$ 1.000, o salário passa para R$ 850.

Na reunião o presidente do Sintraconst-Rio, Carlos Antonio, defendeu que o governo deveria arcar com todos os 30% do salário.

"Quem provocou essa crise foi o governo, é ele que deve pagar pela crise, e não o trabalhador", destaca o presidente do Sintraconst-Rio.

"É complicado reduzir salários diante de juros altos e inflação crescente. Entendemos que o Programa de Proteção ao Emprego é um mal necessário, é o menos pior para a atual situação que se encontra o Brasil", completa.

O secretário-geral da Força Sindical RJ, David de Souza, compôs a mesa da reunião, que aconteceu na Federação dos Metalúrgicos em Niterói, ao lado do assessor da Força Sindical nacional e ex-ministro do Trabalho Rogério Magri.

Diante da situação econômica, Magri lembrou que o movimento sindical é reserva moral e alicerce da democracia neste país.

O assessor do Sintraconst-Rio, Joadil Júnior, também participou do encontro da Força Sindical.

Emendas

A Medida Provisória 680, que define o PPE, vai ser avaliada pelos parlamentares na Câmara dos Deputados e no Senado. Só na Câmara, mais de 170 emendas sobre a matéria já foram protocoladas – cerca de 90% delas atende aos interesses do setor empresarial.

Em contrapartida, o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP) apresentou emenda que determina que o governo pague integralmente o que faltar para completar 100% do salário do trabalhador.

Assim, com esta emenda, apesar da redução da jornada de trabalho, o empregado não teria seu vencimento diminuído.

O presidente da Força Sindical RJ, Francisco Dal Prá, ressaltou na reunião que os sindicatos precisam ter solidariedade neste momento e que a união de categorias pode ajudar todos a superar desafios.

Também presente no encontro, o secretário-geral da Força Sindical nacional, João Carlos Gonçalves (Juruna), destacou o trabalho de pressão dos trabalhadores sobre os deputados.

"Faremos corpo a corpo no Congresso Nacional e negociaremos com o relator para que a MP não seja descaracterizada", garantiu Juruna.