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Força
Sindicatos do porto têm assembleia conjunta
quinta-feira, 28 de maio de 2015
Força
A reunião da unidade portuária, em 19 de maio, e o presidente do Sintraport, Miro Machado, nas fotos de Paulo Passos
Sete sindicatos do porto de Santos e o dos caminhoneiros autônomos participam de assembleia conjunta, às 20 horas desta quinta-feira (28), para acertar detalhes da manifestação de segunda-feira (1º).
A reunião está convocada por edital nos termos da lei de greve (7783-1989) e assinada pelo Sintraport, Sindrod, Sindestiva, Sindaport, Sindogeesp, Sindbloco, Sindconsertadores e Sindicam.
O encontro será na sede dos empregados na administração portuária, na Rua Júlio Conceição, 91, Vila Mathias, e avaliará as assembleias específicas que cada sindicato fez na segunda-feira (25).
Operários
Sintraport defende reivindicações coletivas
Em assembleia na noite de segunda-feira (25), o sindicato dos operários portuários (Sintraport) definiu sua proposta de manifestação em 1º de junho, segunda-feira próxima.
O presidente da entidade, Claudiomiro Machado Miro, defenderá, na assembleia conjunta das oito categorias do setor, nesta quinta-feira (28), um protesto de uma a duas horas, com reivindicações coletivas.
“Poderá ser uma paralisação de duas horas, mas por reinvindicações gerais e não específicas de cada sindicato. Seguiremos, assim, o que foi definido na reunião conjunta das diretorias, na semana passada”, diz ele.
Entre as reclamações comuns, Miro destaca a aposentadoria especial, a garantia das datas-bases unificadas, um posto de saúde com atendimento ininterrupto no porto e melhores condições de trabalho.
“Alguns locais do porto de Santos, o maior da América Latina, são vergonhosos, com mato e sujeira abundantes, assim como ratos e baratas. Isso tem que acabar”.
O reconhecimento da insalubridade e periculosidade dos locais de trabalho, para sua correção ou pagamento de adicionais correspondentes, é outra proposta dos operários portuários.
Semana passada
Em reunião na terça-feira da semana passada (19), os oito sindicatos do porto, mais os caminhoneiros autônomos, definiram a estratégia para o dia de protesto das categorias, 1º de junho.
Eles descartaram a participarão no dia nacional de lutas, nesta sexta-feira (29), programado pela CUT e outras centrais. A tática inclui as assembleias individuais e a coletiva desta semana.
As reivindicações aprovadas nesta segunda (25) serão levadas à assembleia conjunta de quinta-feira (28), na sede do sindicato dos empregados na administração portuária (Sindaport).
CUT e Força Sindical
A participação da categoria nos protestos desta sexta-feira (29) foi descartada por divergências entre federação nacional dos portuários (FNP) e a Força Sindical, às quais são filiados alguns sindicatos do setor.
A FNP, filiada à CUT, mesma central do sindicato dos empregados na administração do porto (Sindaport), não incluiu, na pauta desta sexta (29), as medidas provisórias 664 e 665.
As duas medidas integram o chamado pacote de ajuste fiscal do governo Dilma e dificultam o acesso de trabalhadores e dependentes a benefícios previdenciários.
A pauta é assinada também pelas federações nacionais dos estivadores (FNE) e dos conferentes, consertadores, vigias portuários, trabalhadores de bloco, arrumadores e amarradores de navios (Fenccovib).
A Força Sindical, por sua vez, da qual participam os sindicatos dos estivadores e dos operários portuários (Sintraport), defende emendas ao projeto de lei da terceirização e é contra as duas medidas provisórias.
Outras reivindicações
Entre as reivindicações propostas pelos sindicatos, estão ainda melhores condições segurança, saúde e higiene nas instalações portuárias, inclusive nos postos de escalação.
Mais: inclusão, nos editais de arrendamento de áreas portuárias, garantia de prioridade dos portuários avulsos registrados e cadastrados no órgão gestor de mão de obra (ogmo), conforme a lei 12815-2013.
O aproveitamento dos empregados dos atuais arrendatários pelas empresas vencedoras dos processos licitatórios e o estacionamento de caminhões no bairro Alemôa também estão entre as sugestões.
E ainda: cumprimento das tabelas de frete pelas empresas de transporte, disponibilização de 30% dos terminais portuários para caminhões que aguardam carga e descarga e definição da campanha salarial dos empregados da Codesp.
Unidade
“Como a nossa unidade é mais importante que as divergências das centrais”, diz o presidente do Sintraport, “resolvemos tocar nossa campanha em separado”.
Miro pondera que a luta dos portuários “acabará sendo bem abrangente. Com certeza, nossas assembleias colocarão as medidas provisórias e a terceirização no mesmo pacote”.