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Trabalhadores da Construção de Santos paralisam empreiteira no porto
sexta-feira, 24 de abril de 2015
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Pela segunda vez em 30 dias, 80 empregados da subempreiteira Ecman Engenharia paralisaram, no final da tarde de ontem, quinta-feira (23), a reconstrução do armazém 8 do porto de Santos.
A greve dos terceirizados prossegue nesta sexta-feira (25), com os trabalhadores portando faixas e cartazes que eles confeccionaram com recursos próprios.
Eles estão preocupados com a possibilidade de não receberem salários, verbas rescisórias e fgts, diz o vice-presidente do sindicato dos trabalhadores na construção civil (Sintracomos), Luiz Carlos de Andrade.
“Nem mesmo por nós eles procuraram, numa demonstração de descontentamento com as instituições”. Ele acredita que alguns trabalhadores devem estar sem receber os salários por dois meses.
Luiz Carlos soube que pelo menos um engenheiro está nessa situação: “Se o doutor não recebeu, imagine os operários. Infelizmente, eles não procuraram o sindicato”.
O sindicalista lembra que, em 20 de março, esteve com os trabalhadores, no Ministério Público do Trabalho (MPT), onde o processo está em tramitação.
Nessa audiência, o sindicato denunciou ao MPT atrasos salariais e alegou preocupação com as verbas rescisórias. Segundo ele, houve “um jogo de empurra na reunião”.
O sindicalista diz que a Ecman afirmou não poder pagar aos trabalhadores enquanto não receber da empreiteira Rishis, contratada pela empresa Eldorado Celulose para reconstrução do armazém.
“A Rishis, por sua vez, disse que nunca atrasou nenhum pagamento a Ecman. E a Eldorado, por outro lado, pediu exclusão do processo, com o que não concordamos”, esclarece o sindicalista.
Ao final, o MPT deu cinco dias para Ecman apresentar comprovante do adiantamento salarial que venceu no dia da audiência. E determinou a Rishis informar datas de pagamentos, além de fornecer cópia do contrato.
O jurídico do sindicato requereu nova audiência ao MPT, para formalização de termo de ajuste de conduta (tac), e aguarda seu agendamento. “Fizemos tudo que tínhamos de fazer”, finaliza Luiz Carlos.