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Trabalhadores da Portofer em Santos (SP) soma INPC a ‘cesta de benefícios’ e chega a 17%
sexta-feira, 24 de junho de 2016
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Assembleia do Sintraport, de aprovação do acordo coletivo, na terça-feira
Os 300 empregados da Portofer Rumo, empresa ferroviária que opera no porto de Santos, conseguiram, nesta semana, uma soma de reajustes nos salários e benefícios de 17%, com efeito retroativo à data-base de março.
A conta é do presidente do sindicato dos operários portuários (Sintraport), Claudiomiro Machado ‘Miro’, que considera o acordo coletivo de trabalho, aprovado em assembleia na terça-feira (21) “bastante razoável”.
“À primeira vista”, diz o sindicalista, “um reajuste salarial de 8%, diante do INPC de 11,78%, pode parecer perda. Mas, se colocarmos na ponta do lápis os demais itens do acordo, veremos que não é assim. Foi ganho.”
Responsável pela carga e descarga de granéis, contêineres e outros produtos de exportação e importação, a empresa opera 800 vagões por dia na margem direita do porto, em Santos, e 600 na margem esquerda, no Guarujá.
A Portofer tem 80 maquinistas, 80 operadores e 140 empregados em funções como supervisores, líderes e auxiliares de pátio e de operação, escriturários, pessoal de manutenção, rondantes e ‘olhos vivos’.
O maior aumento real na cesta de benefícios, além dos 8% correspondentes à inflação, foi de 18,57%, para os 50 auxiliares de produção lotados na mecânica. Eles tiveram mudança de nomenclatura e passaram para técnicos de operação júniores.
Outro aumento “considerável”, na opinião de Miro Machado, foi no vale-refeição. Corrigido em 15%, passou de R$ 20 para R$ 23. O vale na dobra de jornada foi estendido a todas as funções. Conseguiram ainda 10% no auxilio maternidade e no auxílio ao filho excepcional.
Plano de saúde
Avanço importante, segundo o sindicalista, ocorreu no plano de saúde, que teve redução de 11% na mensalidade paga pelo trabalhador. Em 2015, o sindicato conseguiu congelar a parte paga pelo empregado, enquanto, no mercado, o aumento girou em torno de 20%.“Neste ano, melhor do que congelar, foi termos reduzido a mensalidade em 11%, ao passo que a correção dos planos de saúde deverá ser em torno de 20%. Não é todo sindicato que consegue uma proeza dessas”, pondera Miro