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Na manhã desta terça-feira (16) dezenas de lideranças sindicais fizeram uma panfletagem para iniciar a divulgação da celebração do Dia do Trabalhador – 1º de Maio Unificado das Centrais Sindicais foi realizado, no Largo da Concórdia (Estação de Trem do Brás), em São Paulo SP. O evento, este ano, será realizado no Estacionamento da NeoQuímica Arena (Itaquerão – estádio do Corinthians), na Zona Leste da capital paulista, a partir das 10 horas. O 1º de Maio Unitário é organizado pelas centrais sindicais:
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Imprensa
BC culpa queda do preço dos alimentos por desvio da meta de inflação
quarta-feira, 13 de dezembro de 2017
Imprensa
Na semana passada, o BC reduziu a projeção de inflação pelo cenário de mercado a 2,9% em 2017, ante 3,3% em sua última estimativa, de outubro, e abaixo do piso da meta oficial deste ano.
Caso a projeção se confirme, o presidente do BC, Ilan Goldfajn, deverá enviar uma carta ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, para justificar o descumprimento. Será a primeira vez que ocorre tal situação desde que foi criado o sistema de metas de inflação, em 1999.
"Com a perspectiva de redução de preços da ordem de 5% no ano, o componente de alimentação no domicílio medido pelo IPCA explica grande parte do desvio da inflação em relação à meta de 4,5% vigente para o ano corrente", afirmou a instituição em ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) publicada na terça-feira (12).
O BC ainda ressaltou que os alimentos vêm compensando o choque inflacionário nos preços administrados, afetados pelas tarifas de energia elétrica, que sofreram um reajuste recentemente.
Na sexta (8), o IBGE divulgou que os preços medidos pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) em novembro subiram 0,28% e, influenciados pela deflação de alimentos, ficaram abaixo do esperado pelo mercado.
Para 2018, o BC passou a ver a alta do IPCA em 4,2%, contra 4,3% antes, e manteve seu cenário em 4,2% para 2019. O cenário de mercado supõe Selic de 7% ao fim deste ano e do próximo e de 8% ao fim de 2019.
Pesquisa Focus mais recente do BC, que ouve semanalmente uma centena de economistas, mostrou que a estimativa deste ano é que a inflação ficará abaixo da meta, o que deixa o caminho aberto para juros menores.
CAUTELA
O Banco Central informou que mantém sua "liberdade de ação" para decidir os próximos passos da política monetária daqui para frente, mas ressaltou que suas decisões serão tomadas com "cautela", mantendo o caminho pavimentado para novo corte, porém menor, da taxa básica de juros no início de 2018.
"Houve consenso em manter liberdade de ação, mas sinalizar que o atual estágio do ciclo recomenda cautela na condução da política monetária", afirmou na ata.
Na semana passada, o BC reduziu a Selic para a mínima histórica de 7% ao ano, deixando a porta aberta para nova redução adiante, mas ressaltando que encarará a investida com "cautela".
Isso porque o BC deixou claro que os passos seguintes estão mais sensíveis a eventuais mudanças no cenário de riscos o que, para analistas, foi uma sinalização sobre como será o desfecho da reforma da Previdência. E reforçou essa visão na ata.
"Para a próxima reunião, caso o cenário básico evolua conforme esperado, e em razão do estágio do ciclo de flexibilização, o Comitê vê, neste momento, como adequada uma nova redução moderada na magnitude de flexibilização monetária", disse no documento.
"Essa visão para a próxima reunião é mais suscetível a mudanças na evolução do cenário e seus riscos que nas reuniões anteriores", acrescentou.
O atual ciclo começou em outubro de 2016, quando a Selic foi reduzida em 0,25 ponto percentual, a 14% ao ano. A investida de agora dá sequência à estratégia do BC de seguir cortando os juros e impulsionar a atividade num quadro de inflação baixa, expectativas ancoradas e recuperação econômica ainda gradual.
Diante da conjuntura, a maioria dos agentes econômicos já esperava nova dose de afrouxamento monetário em fevereiro, primeira reunião do Copom em 2018, de 0,25 ponto percentual.
A reforma da Previdência, em especial, tem sido sinalizada pelo BC como fundamental na política monetária, por ter capacidade de melhorar as contas públicas do país. O governo, no entanto, vem enfrentando forte resistência política no Congresso para tentar tirar a matéria do papel.