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Imprensa
CNTA articula resistência contra abusos das gigantes do setor
sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016
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Crise é pretexto para arrochar salário, diz Artur
Presente em todo o País, com 12 Federações, 140 Sindicatos e mais de 1,5 milhão de trabalhadores, a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Alimentação (CNTA) articula resistência contra abusos das gigantes do setor.
As maiores são a JBS, Ambev e BRF (fusão Sadia/Perdigão). O dirigente também reclama da ausência de fiscalização. “São grupos poderosos e financiadores de campanhas eleitorais. O pedido de fiscalização chega e fica parado nos órgãos públicos”, ele critica.
Segundo o presidente da Confederação, o Ministério do Trabalho, “que já é desaparelhado", não se mexe frente às grandes empresas.
O sindicalista diz que as gigantes do segmento resistem em cumprir a NR-33, que regulamenta o trabalho do setor de frigorifico –
“Norma duramente conquistada, após anos de luta”, observa. Ele também aponta que as demissões no setor forçam o trabalhador a estender a jornada e a fazer o serviço realizado antes pelos demitidos. “Isso gera desgaste, acidentes e doenças”, comenta.
Salário – Outro problema apontado pelo presidente da CNTA é o atraso no fechamento de acordos coletivos. Ele conta: “Muitos Sindicatos com data-base entre setembro e novembro ainda não conseguiram fechar acordo. As empresas sequer aceitam repor as perdas da inflação. Com isso, os trabalhadores já amargam uma perda salarial perto de 15%”. E a recusa em assinar acordo não está relacionada à crise atual. Artur Bueno lembra que o Brasil reatou acordos bilaterais de exportação para mercados importantes, como China, Rússia e México.
Organização – A Confederação tem realizado frequentes seminários e debates com as entidades e vem abrindo representações em diversos Estados. Os seminários qualificam as direções e as representações aproximam a cúpula sindical das bases representadas.
Artur afirma: “Não aceitamos que a crise ou a desculpa de crise nos desmobilize. A CNTA articula ações para que as bases se mobilizem”. E arremata: “Onde existe crise real, a gente senta e conversa. Mas vamos resistir à pressão, ao arrocho e a todas as tentativas de piorar a condições de trabalho e de vida da nossa categoria”.