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Com maior procura por vagas, salário em empregos com carteira assinada cai pela 1ª vez desde 2003

terça-feira, 5 de maio de 2015

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Com maior procura por vagas, salário em empregos com carteira assinada cai pela 1ª vez desde 2003

Com maior procura por vagas, salário em empregos com carteira assinada cai pela 1ª vez desde 2003Crédito: Divulgação

Pernambuco foi o estado com maior perda real, de acordo com dados do Caged, do Ministério do Trabalho

 O aumento da procura por vagas já faz empresas contratarem trabalhadores por salários menores. De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho, os salários iniciais registrados no três primeiros meses do ano estão 1,26% menores do que há um ano, retirados os efeitos da inflação. O salário de admissão caiu em todas as regiões do país.

Pernambuco foi o estado com maior perda real: quem entrou em uma nova empresa este ano está ganhando 8,94% menos do que aqueles que conseguiram sua vaga nos três primeiros meses do ano passado. O valor médio de contratação entre janeiro e março deste ano foi de R$ 1.080,65, contra R$ 1.186,76 pagos em igual período de 2014. No Rio, a queda foi de 3,87%. Por regiões, a maior perda de renda foi registrada no Nordeste, -3,48%, e a menor, no Centro-Oeste, – 0,15%. No Sudeste, o recuo foi de 1%.

Foi a primeira queda nos salários iniciais num primeiro trimestre do ano desde 2003. Mesmo em anos de desaceleração como 2009, quando a economia sentiu os efeitos da crise global, o salário de admissão havia crescido. Agora, porém, economistas veem uma tendência de redução salarial nos próximos meses em consequência do aumento do desemprego.

— Enquanto a economia não começar a crescer, a situação não deve mudar — afirmou o economista Raone Costa, da Fipe.

Ele explica que, ao contrário de 2009, quando houve um período mais curto de baixo crescimento, mas onde as empresas retiveram mão de obra, o cenário atual é consequência de um longo período de economia em ritmo fraco.

TROCA DE SÊNIOR POR JÚNIOR

Ao considerar apenas os dados de março, o setor que registrou a maior queda no salário inicial na comparação com o ano passado foi o de construção civil, com recuo de 2,43%, de acordo com levantamento feito pela Catho/Fipe, com base nos dados do Caged. Costa pondera que apesar de os dados mensais serem mais voláteis, o setor tem puxado a desaceleração no mercado de trabalho em 2015.

— A construção civil tende a ir muito bem quando a economia está bem, e a ir muito mal quando a economia está mal. Ele é justamente o setor da inovação, que é aquecido quando você precisa criar novas fábricas, novas plantas. Vale lembrar que a construção civil foi um dos setores que mais cresceram de 2008 para cá, então, é natural que seja o que mais sofra — afirma Costa.

Para o economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) de Pernambuco Jairo Santiago, a forte queda salarial no estado tem influência do fraco desempenho da construção civil. No Nordeste, o salário médio da construção é R$ 1.173,41.

— Muitos trabalhadores foram demitidos em 2014, e esse processo continuou em 2015. Como a metade é formada por pedreiros e ajudantes de pedreiros, esse pessoal continua desempregado ou se mantém ocupado, mas precariza seu trabalho — destaca Santiago. — Em Pernambuco, o apogeu aconteceu entre 2010 e 2012. Vínhamos num ritmo de frevo de rua, e agora estamos com ritmo de frevo cantado, mais lento, para falar ‘pernambuquês’.

No Rio, o vendedor Fernando Garcia, está desde fevereiro procurando uma nova oportunidade de se reinserir no mercado, mas sem sucesso. Com experiência de dez anos no setor de venda de automóveis, esta é a segunda vez que Garcia foi dispensado desde 2008. No seu último emprego, ele recebia um salário de cerca de R$ 3.500. Hoje, diz estar disposto a aceitar R$ 2.500.

— Estou mandando currículos para vendas em geral, fiz entrevistas e, como sou otimista e tenho experiência, espero ser chamado logo. Por enquanto, tenho me sustentado com as economias que fiz enquanto trabalhava, mas elas não vão durar mais do que um mês — afirma Garcia.

Outro indicador observado por especialistas para medir o mercado de trabalho é a pressão salarial, relação entre os salários de admissão e de desligamento, que vem caindo desde 2012. Com a economia aquecida, essa proporção fica mais próxima de 1, indicando que os salários de contratados e demitidos estão mais parecidos. Em março, o indicador ficou em 0,9, abaixo da média de 2006 a 2015, que foi de 0,916. Significa que as empresas estão pagando salários 10% menores aos novos funcionários, na comparação com o que pagavam aos antigos.

— Quando as empresas estão em um momento de dificuldade, normalmente o que se faz é jogar para baixo o padrão de funcionários. Demite-se uma pessoa cara e contratam duas pessoas mais baratas. Esse indicador resume esse tipo de estratégia. A troca do sênior pelo júnior — afirma Costa, da Fipe.

EFEITO DA CRISE DFA PETROBRAS

Segundo o economista da Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) e da Opus Gestão de Recursos, José Marcio Camargo, a relação entre os salários de admissão e de demissão é um bom indicador prévio do comportamento da taxa de desemprego. Quanto menor a relação entre o salário de quem começa a trabalhar e aquele que está sendo desligado, maior a perspectiva de elevação da taxa de desemprego.

— A aceleração inflacionária derruba o salário dos trabalhadores. Não chega a surpreender o salário cair 3% no Rio, mas em Pernambuco, sim, foi bem forte. É possível que tenha havido um efeito da crise do setor do petróleo, mas não é só isso, porque o Rio de Janeiro tem mais petróleo que Pernambuco e teve uma queda menor — afirma Camargo.

Segundo o consultor trabalhista do site Trabalho Hoje e ex-diretor do departamento de Emprego e Salário do Ministério do Trabalho, Rodolfo Torelly, a maior quantidade de pessoas à procura de emprego explica a queda no salário de admissão , e a tendência vai continuar nos próximos meses. Ele lembra que nos últimos 12 meses, os dados do emprego formal do Caged apontam um saldo líquido (diferença entre contratações e demissões) negativo em 50 mil vagas, o pior resultado para 12 meses desde janeiro de 2000, quando houve uma perda de 123,6 mil empregos.

— Enquanto o mercado estiver demitindo mais que contratando, a tendência é o salário continuar a cair — afirma Torelly — É um momento horrível para se mudar as regras trabalhistas, porque significa pessoas sem emprego e sem nenhuma renda para se segurar.
 

Fonte: O Globo

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