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Na manhã desta terça-feira (16) dezenas de lideranças sindicais fizeram uma panfletagem para iniciar a divulgação da celebração do Dia do Trabalhador – 1º de Maio Unificado das Centrais Sindicais foi realizado, no Largo da Concórdia (Estação de Trem do Brás), em São Paulo SP. O evento, este ano, será realizado no Estacionamento da NeoQuímica Arena (Itaquerão – estádio do Corinthians), na Zona Leste da capital paulista, a partir das 10 horas. O 1º de Maio Unitário é organizado pelas centrais sindicais:
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Imprensa
Concessionárias podem fechar mais de 800 pontos e demitir 40 mil no ano
quarta-feira, 6 de maio de 2015
Imprensa
Diante do quadro de queda sistemática das vendas de veículos, os empresários do setor tentam se manter no negócio, no entanto já dispensaram cerca de 12 mil funcionários somente até abril
São Paulo – Em meio à queda sistemática das vendas de veículos, uma parcela significativa da rede de distribuição estaria disposta a entregar o negócio. No entanto, diante do endividamento generalizado, até o final do ano, 10% das concessionárias podem fechar as portas.
"O setor da distribuição atravessa uma fase muito difícil e, se o quadro persistir, podemos ter 40 mil demissões em 2015", afirmou nesta terça-feira (5) o presidente da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), Alarico Assumpção Jr.
Somente nos quatro primeiros meses do ano, das 8 mil concessionárias instaladas no País, 250 fecharam as portas. Cerca de 12 mil dos 410 mil funcionários do segmento foram demitidos.
Considerada o elo mais pressionado da cadeia, a rede de concessionárias tenta se manter com um capital de giro cada vez mais restrito. Segundo estimativas de mercado, nas grandes cidades o concessionário precisa de cerca de R$ 10 milhões para operar o negócio, levando em conta questões como estoques, aluguel do ponto e até marketing e publicidade.
Para o presidente da consultoria automotiva MA8 Management Consulting Group, Orlando Merluzzi, a rede de distribuição é peça-chave para que a indústria automotiva consiga atingir as suas metas.
Isso porque, além de "vitrine", a concessionária é um condicionante para que o consumidor compre um veículo em sua cidade. Segundo Merluzzi, as montadoras precisam gerenciar a descapitalização e endividamento da rede em meio a um cenário de pressão do mercado para reposicionamento dos preços.
"As marcas que forem mais bem-sucedidas na gestão da rentabilidade das suas redes, nos próximos três anos, sairão mais fortes dessa crise e terão posição de destaque na retomada do mercado", explica.
De acordo com estudos da MA8, cerca de 25% das concessionárias do País estão à venda, porém, sem compradores. "Não há interessados porque o investimento é altíssimo e, o retorno, muito menor", revela.
Para o presidente da Fenabrave, é possível verificar problemas em todos os portes de concessionários. Por segmento, a situação é mais grave em motocicletas e entre automóveis e comerciais leves, já que o nível de fidelidade no pós-venda é bem mais baixo do que em caminhões.
Merluzzi destaca que a burocracia para encerrar as atividades de uma concessionária é muito grande, levando até seis meses para resolver todas as pendências, principalmente com a montadora. "Caso as marcas não cuidem de sua rede, terão um passivo incalculável para enfrentar", explica.
Revisão das projeções
A Fenabrave revisou pela segunda vez no ano a projeção de vendas para 2015. Após prever uma queda de 10% no início de fevereiro, agora a entidade prevê um recuo de 18% dos emplacamentos.
"Não esperávamos que o desempenho da economia ficasse no patamar atual", justifica Assumpção Jr. Segundo ele, fatores como queda real do poder de compra, restrição ao crédito e aumento do desemprego impactam diretamente a rede de distribuição.
A diretora da MB Associados e responsável pelas projeções da Fenabrave, Tereza Maria Dias, acrescenta que os bancos estão mais restritivos. "As famílias estão endividadas e o crédito ficou ainda mais escasso", conta a economista.
Para o presidente da Fenabrave, a economia vive uma insegurança. "O principal fator que nos afeta é falta de confiança do consumidor para adquirir um veículo", avalia.
A projeção da entidade para o ano só deve ser atingida caso as vendas no segundo semestre apresentem melhora, já que a queda acumulada é superior a 18%. "Historicamente, a segunda metade do ano costuma registrar desempenho melhor do que o primeiro. Passando a fase dos ajustes fiscais, esperamos uma reação da economia", declara Assumpção Jr.
O dirigente ressalta ainda que o Festival do Consorciado Contemplado, criado em conjunto por montadoras, concessionárias e administradoras de consórcios, pode destravar cerca de 60 mil emplacamentos no período de vigência do programa, de 45 dias. "Estamos otimistas com o programa", diz Assumpção Jr.
Caminhões
O segmento de veículos pesados sofrerá a maior queda de mercado em 2015. Segundo a Fenabrave, os emplacamentos de caminhões devem encerrar o ano com um recuo de 41% e, o de ônibus, de 21%.
"Sem PIB, o País não investe e o setor não vende caminhões", explica Assumpção Jr. A Fenabrave trabalha com um recuo da atividade brasileira em 1,4% neste ano.
O dirigente acrescenta que as propostas apresentadas ao BNDES para a compra de caminhões vêm caindo substancialmente. Porém, ele afirma que a resposta da categoria é mais rápida aos estímulos do que o segmento leve. "Caso os investimentos em infraestrutura voltem a crescer, as vendas apresentarão retomada ainda neste ano", acredita.