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Domingo passa a ser dia normal e empregador não precisa pagar em dobro
quinta-feira, 15 de agosto de 2019
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A Câmara rejeitou nesta quarta (14) todas as tentativas de alterar a lei do domingo. Os parlamentares determinaram que todos os trabalhadores do país, independente de aval do sindicato por meio de acordo coletivo, podem trabalhar aos domingos, o que hoje é limitado pela CLT (Consolidação das Leis do Trabalho).
O texto-base da medida provisória da Liberdade Econômica, para reduzir a burocracia no setor empresarial, ainda altera expressivamente outras regras trabalhistas. O Agora mostra hoje as principais mudanças para o trabalhador.
Atualmente, 78 categorias profissionais estão autorizadas a trabalhar aos domingos, entre elas comércio, hotéis e estabelecimentos dedicados ao turismo.
A medida provisória aprovada nesta terça (13) torna o domingo um dia como outro qualquer, não exigindo, inclusive, que o trabalhador receba em dobro pelo domingo trabalhado.
A jornada de 44 horas semanais e uma folga por semana permanece, o que pode mudar é o dia da folga. Hoje, o descanso semanal remunerado ocorre preferencialmente em um domingo. Com as novas regras, a folga em um domingo só será obrigatória uma vez por mês.
"A MP atinge a questão remuneratória e volta ao tema básico da duração do trabalho, com o claro intuito de colocar trabalhadores e trabalhadoras em um nível permanente de maior disponibilidade para o trabalho, com grave comprometimento da ideia de segurança laboral, de saúde física, mental e emocional dos trabalhadores", afirma a presidente da Anamatra (Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho), Noemia Porto.
Jornada
Também há novidades no controle de jornada, que só será obrigatório para estabelecimentos com mais de 20 empregados. As empresas ficam autorizadas a oferecer aos seus funcionários o ponto por exceção, que só irá registrar atrasos, ausências e horas extras. Será preciso um acordo prévio por convenção coletiva, acordo coletivo ou autorização por escrito do trabalhador.
Especialistas temem que a falta de controle das horas trabalhadas precarize as relações trabalhistas e afetem a fiscalização.
A advogada Ana Paula Smidt Lima, do escritório Custódio Lima Advogados Associados, diz que as mudanças, já encaradas como “minirreforma trabalhista”, não foram debatidas ponto a ponto com a sociedade. " Dependendo de como vier o texto final, vai prevalecer o que já foi definido em convenção, mas a tendência é que isso [regras em vigo] mude para se adequar à nova lei", diz.
AS PRINCIPAIS ALTERAÇÕES NO DIA A DIA DOS FUNCIONÁRIOS
JORNADA DE TRABALHO
TRABALHO AOS DOMINGOS E FERIADOS
Hoje
Como fica
O domingo vira um dia normal
DIA PAGO EM DOBRO
Hoje
Como fica
FOLGAS AOS DOMINGOS
Hoje
Como fica
CONTROLE DE JORNADA
Hoje
Como fica
PONTO POR EXCEÇÃO