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Imprensa
Força Sindical exige redução da idade mínima
sexta-feira, 9 de dezembro de 2016
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Proposta alternativa, apresentada ontem durante reunião unificada das centrais, quer 60 anos para homens e 58 para as mulheres
As centrais sindicais se reuniram ontem na capital para discutir as propostas do governo para a reformada Previdência Social. Os representantes dos trabalhadores já afirmaram que não vão aceitar uma idade mínima de 65anos. “Nós não aceitamos 65 anos para homens e mulheres. As mulheres têm de se aposentar antes do que os homens. Elas têm dupla jornada”, defendeu, o deputado federal e presidente da Força Sindical Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força.
Ele explicou que a entidade apresentará uma proposta alternativa, que ainda está em estudo. Uma delas é propor 58 anos para elas e 60 para eles.O presidente da central também defendeu um escalonamento mais justo. “Temos de falar desde quem falta um mês para se aposentar até aquele que tem um mês de emprego. Aí você faz um escalonamento justo”, disse.
Para ele, o pedágio também deveria ser menor, de 30%, e não de 50%, como proposto pelo governo. Além disso,a Força é contra a desvinculação da pensão com o salário-mínimo. “Issovai permitir que na hora quem mais se precisa,quando fica viúvo, só se receba o piso.”
Mas nem tudo são críticas. “Talvez, de toda a proposta, a única coisa que a gente possa Elogiar é que pela primeira vez o governo propôs alguma coisa para todo mundo”,afirmou. Para a tramitação no Congresso, serão cumpridas as 40 sessões.“Teríamos mais ou menos três meses para discutir a reforma a partir de fevereiro.”É até esse mês que o deputado diz precisar apresentar as emendas. O sindicalista garante que as categorias estão começando a se mobilizar.“Nãodá para falarem greve geral antes de uma mobilização da categoria. Greve geral seria a última cartada.”
Para Sérgio Nobre,secretário-geral da CUT (Central Única dos Trabalhador), uma mudança como a da reforma não pode ser feita sem discussão. “Isso impede e inviabiliza os trabalhadores a terem acesso à Previdência. É um projeto muito danoso à classe. ”A CUT fará uma mobilização na região do ABCD hoje,ocupando a Via Anchieta. “Queremos uma Previdência que proteja os trabalhadores e cumpra seu papel”, disse Nobre. Também hoje será apresentado pela Força o calendário de lutas contra a reforma.