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Na manhã desta terça-feira (16) dezenas de lideranças sindicais fizeram uma panfletagem para iniciar a divulgação da celebração do Dia do Trabalhador – 1º de Maio Unificado das Centrais Sindicais foi realizado, no Largo da Concórdia (Estação de Trem do Brás), em São Paulo SP. O evento, este ano, será realizado no Estacionamento da NeoQuímica Arena (Itaquerão – estádio do Corinthians), na Zona Leste da capital paulista, a partir das 10 horas. O 1º de Maio Unitário é organizado pelas centrais sindicais:
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Imprensa
Inflação, juros altos e desemprego pressionam varejo
quarta-feira, 19 de outubro de 2016
Imprensa
Vendas em agosto recuaram 0,6% ante julho; quadro se repetiu em 6 das 8 atividades pesquisadas pelo IBGE
Com inflação pressionada, juros elevados e desemprego em alta, o comércio seguiu retração em agosto. As vendas no varejo caíram 0,6% em relação a julho, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Por um lado, a continuidade da queda traça um cenário mais pessimista para a atividade econômica, com retração também no terceiro trimestre e, por outro, corrobora com as expectativas pelo anúncio, hoje a noite de um corte na taxa básica de juros.
Se o Banco Central (BC) decidir pela redução da taxa, hoje em 14,25% ao ano, será o primeiro corte desde outubro de 2012. “Tudo leva a crer que o BC cortará os juros. A atividade econômica está muito baixa e as expectativas de inflação já começaram a cair”, disse Bruno Fernandes, economista da Confederação Nacional do Comércio de Bens Serviços e Turismo (CNC).
Para Fernandes, os dados sugerem que a recuperação da atividade ocorrerá em ritmo mais lento, visão compartilhada pelo economista do banco Pine Marco Caruso. “O retrato da atividade do terceiro trimestre parece que será bem fraco. Por enquanto, esperamos queda de 0,50% para o PIB, mas pode apresentar um recuo de até 1,0%.”
“O consumo está sofrendo com toda a evolução desfavorável do mercado de trabalho, a queda da renda, o encolhimento da massa real de rendimentos e o crédito ainda contido”, disse o economista-chefe da Icatu Vanguarda, Rodrigo Melo.
Dados do próprio IBGE mostram que o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado, que havia caído 3% no trimestre de junho a agosto de 2015, encolheu mais 3,8% em igual período deste ano. Na mesma comparação, o total dos rendimentos recebidos pelos trabalhadores saiu de alta de 1,2% para um recuo de 3%.
No crédito, o instituto citou dados do BC para mostrar que a taxa média de juros às famílias passou de 36,9% ao ano em agosto do ano passado para 41,9% ao ano em igual mês deste ano. Juros mais altos afetam mais o consumo de móveis e eletrodomésticos (queda de 2,2% nas vendas em agosto sobre julho) e de automóveis (recuo de 4,8%, na mesma comparação) – em geral, as compras desses bens são feitas a prazo e ficam mais caras por causa dos juros.
O quadro negativo se espalhou pelo comércio, com recuo em seis das oito atividades pesquisadas pelo IBGE no varejo restrito na passagem de julho para agosto. Na contramão, as vendas nos supermercados subiram 0,8%, mas a alta foi apenas uma acomodação, segundo a gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE, Isabella Nunes. A pesquisadora explicou que ao gastar menos com bens mais caros, as famílias têm disponibilidade maior de recursos, ante agosto de 2015, a queda é de 2,2%.”