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Queda da massa salarial já supera crise de 2003

sexta-feira, 3 de julho de 2015

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Queda da massa salarial já supera crise de 2003

A combinação entre inflação alta, demissões e queda no salário provocou uma retração muito rápida e de proporção inédita na renda disponível para o consumo. A Pesquisa Mensal de Emprego (PME) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que a massa salarial real habitual (sem o décimo-terceiro salário) diminuiu 10% entre novembro do ano passado, pico dos últimos anos, e maio deste ano. Na crise de 2003, um recuo dessa proporção foi atingido após oito meses de deterioração do mercado de trabalho. Na crise de 2009, apesar da recessão, não houve queda de massa salarial nessa magnitude.

Esse recuo é influenciado pela sazonalidade da ocupação, pois novembro é um mês tradicionalmente mais forte em função dos empregos criados para o fim do ano. Para "corrigir" esse efeito, o Departamento Econômico do Bradesco ajusta a ocupação e recalcula a massa de rendimentos. E essa série também sugere que o recuo de agora é o pior da série do IBGE, iniciada em 2003.

Nas contas do Bradesco, feitas a pedido do Valor, a comparação de maio contra novembro (em dados anualizados) aponta uma baixa nominal da massa salarial de 4,7%. Nessa série, a maior e única queda anterior (sempre olhando um recorte de seis meses) foi de 2,8% entre abril e outubro de 2003.

Na comparação anual (mês contra igual mês do ano anterior), a série original com ajuste sazonal do Bradesco mostra que apenas em 2015 a massa salarial real passou a ter queda, e em maio a retração chegou a 4,7%. Igor Velecico, economista do banco, considera essa a melhor comparação para o conjunto de rendimentos, mas só usa os valores de salários a partir de 2004, pois considera (junto com outros economistas) que o dado de rendimento da PME ficou mais firme e confiável após aquele ano.

Velecico pondera que a massa salarial ajustada permite entender melhor o que sua queda realmente representa para a expectativa de consumo e atividade. "Os efeitos da contração do mercado de trabalho sobre o consumo ainda estão subestimados", diz ele, avaliando que parte expressiva dessa baixa forte e rápida da massa salarial ainda vai aparecer sobre a economia. Em parte, esses efeitos já estiveram presentes no segundo trimestre, afirma. Nas contas do Bradesco, o consumo das famílias mostrará uma queda de 2% no segundo trimestre frente ao primeiro, dentro das contas do Produto Interno Bruto (PIB).

A queda na massa salarial decorre da mistura de aceleração da inflação, diminuição da ocupação e recuo da renda. O rendimento médio acumula perda de 7,8% na comparação entre novembro de 2015 e maio passado. Comparando a maio de 2014, a baixa real é de 5%, o que já indica um salário médio crescendo abaixo da inflação dos últimos seis meses. Sem descontar a inflação, a variação é diferente: queda de 1,4% sobre novembro e alta de 3,5% sobre maio passado.

Velecico tem olhado mais para o comportamento do salário nominal, sem descontar a inflação. "É ele que precisa variar abaixo da inflação para indicar que a indexação está sendo quebrada", pondera o economista do Bradesco. "Se ele voltar a variar na casa de 8%, a inflação não cai", diz.

Fabio Silveira, economista da GO Associados, começou 2015 projetando que o saldo do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) seria negativo em pouco mais de 300 mil empregos este ano. Hoje, sua projeção já é de perda de 900 mil postos de trabalho de janeiro a dezembro. Ele observa que a crise chegou a todos os setores. Ela começou na indústria em 2013, mas varejo e serviços resistiam por uma série de motivos, incentivos ao consumo entre eles.

"No início do ano, ainda havia a expectativa entre alguns setores de que a economia poderia melhorar no segundo trimestre, mas já estava escrito que o PIB seria recessivo", diz Silveira. "Ao longo do segundo trimestre, quem confiava em uma retomada no médio prazo se convenceu de que a crise será mais longa."

Essa mudança de percepção, afirma Silveira, explica em parte o ajuste rápido e intenso observado nos últimos meses nos indicadores do mercado de trabalho. Empresas que começaram dando férias coletivas e usando o instrumento de afastamento temporário, hoje já demitem. "Alguns demoraram a entender a lógica da crise. Ela nunca foi de curto prazo", pondera.

A queda na massa salarial prejudica diretamente o orçamento das famílias no momento em que elas já estão endividadas, observa Guilherme Dietze, assessor econômico da Federação do Comércio do Estado de São Paulo (FecomercioSP). A entidade mantém pesquisas de endividamento e intenção de consumo e todas elas também mostram uma deterioração expressiva. A parcela de famílias endividadas passou de 39,3% em janeiro para 55,1% em maio, um movimento muito mais intenso que o que costuma ocorrer nesse período.

Além disso, em junho, a intenção de consumo das famílias voltou a recuar e ficou 26% abaixo do índice registrado em junho do ano passado. E, pela primeira vez desde 2000, quando a pesquisa começou a ser feita, os indicadores que avaliam renda atual (97,7 pontos) e acesso ao crédito entraram na zona de insatisfação. "Pela primeira vez, as famílias avaliaram que sua renda está pior do que há um ano", explica Dietze.

O assessor da FecomercioSP prevê que a demanda ainda ficará contraída por muito tempo. "Tudo está pior: a confiança, o desemprego, a renda, a inflação e os juros", lista ele, acrescentando que as pessoas têm tirado recursos da poupança para pagar dívidas ou sustentar despesas. "A captação líquida da poupança caiu R$ 41 bilhões neste ano até o dia 23 de junho. Isso é 71% maior do que tudo que foi poupado no ano passado", diz,

Na avaliação dos economistas, o quadro de piora brusca do mercado de trabalho, associado aos demais componentes do cenário macroeconômico, como a política monetária apertada, o ajuste fiscal, os efeitos políticos e econômicos da Operação Lava-Jato, fará com que o desemprego aumente ainda em 2016 e a renda continue contraída.

No cenário do Bradesco, o desemprego chega a 6,8% na média deste ano e a 8,2% na média de 2016, previsão que pode subir. Em algum momento de 2016, diz Velecico, a taxa mensal deve passar de 10%, reforçando a queda do consumo. "Quanto maior a retração do consumo, mais a inflação vai ceder", diz. Nas projeções do Bradesco, o IPCA encerra 2015 em 8,8% e recua para 5,2% em 2016, com a inflação de serviços passando de 7,7% em 2015 (já abaixo dos 8,33% de 2014) para 6,3%.

Fonte: Valor Econômico

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