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Na manhã desta terça-feira (16) dezenas de lideranças sindicais fizeram uma panfletagem para iniciar a divulgação da celebração do Dia do Trabalhador – 1º de Maio Unificado das Centrais Sindicais foi realizado, no Largo da Concórdia (Estação de Trem do Brás), em São Paulo SP. O evento, este ano, será realizado no Estacionamento da NeoQuímica Arena (Itaquerão – estádio do Corinthians), na Zona Leste da capital paulista, a partir das 10 horas. O 1º de Maio Unitário é organizado pelas centrais sindicais:
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Imprensa
Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco pede a ministro mais ações para reduzir acidentes de trabalho em SP
terça-feira, 31 de março de 2015
Imprensa
O ministro do Trabalho e Emprego, Manoel Dias, recebeu ontem (30) documento elaborado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região, com dados sobre os acidentes de trabalho e a falta de fiscalização nas empresas da região. O sindicato defende o aumento do número de fiscais qualificados e quer que o ministério atue para diminuir o número de acidentes que provocam amputações, mortes e doenças irreversíveis entre os trabalhadores.
De acordo com o documento, nos últimos quatro anos, o fato se repetiu a cada 15 dias, e a checagem dos fatos é feita apenas após 80 dias do acontecimento, sempre a partir de denúncia sindical. O texto relata 40 acidentes graves e pede mudanças imediatas na fiscalização por parte do ministério. Segundo os números, 90% dos acidentes ocorreram com homens e 10% com mulheres. A maioria dos acidentados (62%) está na faixa etária entre 19 e 35 anos.
Os dados mostram, ainda, que 20% dos acidentes resultaram em mortes. As principais causas foram queda, impacto com objeto e descarga elétrica. Entre os trabalhadores terceirizados, as mortes representaram 66.7%. Parte dos acidentes (33%) ocorreu em empresas que já estavam sendo fiscalizadas para correção de riscos em equipamentos.
Diretor do Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região e um dos responsáveis pela elaboração do documento, Gilberto Almazan ressaltou que o sindicato atua em 15 municípios sem fiscalização adequada. “Em dez anos, o número de trabalhadores aumentou, enquanto o de auditores fiscais diminuiu. Com isso, eles não conseguem fazer diligências nem fiscalizar. O fiscal demora muito para chegar à empresa, o que acaba com as provas para análise do acidente. Não conseguimos gerar direitos para as famílias, porque os relatórios sempre culpam as vitimas.”
Um segundo documento entregue ao ministro indica que há 16 auditores fiscais na superintendência do ministério em Osasco e Região, mas nem todos trabalham em campo. Com base em cálculos da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o ideal é que haja 63 fiscais.
“O estado de São Paulo dispõe de 481 fiscais, quando seriam necessários 1.620. Em todo o Brasil, são 2.791, para uma necessidade de 4.264”, acrescentou Almazan. Segundo ele, a situação também é crítica no atendimento ao público em Osasco.
O ministro recebeu o documento e anunciou a contratação de 800 mil servidores por meio de concurso público. Anunciou também a realocação de funcionários que estão executando tarefas administrativas para o trabalho de campo.
Sobre as medidas provisórias (MP) 664 e 665, anunciadas no fim do ano passado e que alteram regras sobre pensão, auxílio-doença e seguro-desemprego, Manoel Dias informou que o governo está disposto a discutir o assunto com as centrais sindicais. “Na medida em que a presidenta Dilma Rousseff coloca quatro ministros para conversar com as centrais, está implícito algum entendimento. As centrais propõem retirar as medidas. No começo de abril haverá audiências públicas e, em última instância, é o Congresso Nacional que decide.”