Carta da Praia Grande
Considerando o atual momento político que vivenciamos;
Considerando o avanço sistemático das forças políticas e econômicas conservadoras, com a intensificação dos ataques pela retirada, pura e simples, dos direitos trabalhistas e previdenciários;
Considerando que, a continuar tal situação tais forças irão comprometer toda a nossa esperança por um futuro de uma sociedade mais justa e com maior distribuição de renda;
Considerando que, na atualidade, o paradigma linear de direita e esquerda não responde mais às necessidades contemporâneas para o desenvolvimento no início do novo século;
Considerando que nós, representantes de parte significativa do sindicalismo brasileiro, temos de renovar, com uma frequência quase que frenética, nosso posicionamento caso queiramos, efetivamente, ser protagonistas das mudanças deste momento histórico que atravessamos;
Consideramos que, para isto, devemos ter recursos políticos suficientes para compartilhar a liderança não apenas dos trabalhadores, mas também a de todo o mundo do trabalho;
Considerando que, para tanto, temos de buscar o diálogo para promover alianças com forças progressistas não alinhadas a modelos e estereótipos ultrapassados;
Nós, sindicalistas da Força Sindical, representantes de todos os setores econômicos do Brasil, reunidos nos dias 12, 13 e 14 de junho, em Praia Grande, no litoral de São Paulo, resolvemos:
Atuar com todas as forças progressistas desenvolvimentistas do País, e cerrar fileiras na construção de uma sociedade em que as relações de trabalho sejam justas e inclusivas;
Alertar aos segmentos do capital predatório que, para um desenvolvimento sustentável e produtivo, faz-se necessário equilíbrio entre os direitos dos trabalhadores e dos interesses desenvolvimentistas, em uma parceria de compromissos em favor do bem comum;
Reafirmar nossa luta e necessidade de unidade de ação em prol de uma sociedade justa, com emprego, renda, saúde, educação, transporte, moradia e dignidade para todos.
Praia Grande, 14 de junho de 2017