Acidentado fica sem prótese da Previdência Social em Osasco e está com o emprego em risco

Crédito: Espaço Cidadania

Quando recebeu a última prótese que lhe permite continuar trabalhando, Evanilso Vieira de Souza foi informado pela Previdência Social que deveria comunicar de imediato à Equipe Técnica de Reabilitação Profissional de Osasco qualquer defeito, dano ou extravio ocorrido. Foi o que ele fez há quase dois anos mas ainda não foi atendido.

A prótese deveria ser substituída, mas já completou seis anos, dois dos quais na condição de sucata. No ano passado Evanilso chegou a desabafar quando o parafuso espanou e a prótese já estava toda danificada pelo uso: “No serviço tenho que fazer outra coisa porque ela já não funciona mais. Se quebrar de uma vez, não vou ter como trabalhar, não vou ter o que fazer”.

O acidente que amputou o antebraço direito de Evanilso aconteceu em 1998, no terceiro dia de trabalho em uma microempresa que encerrou as atividades durante seu afastamento para Reabilitação profissional.

Em outubro de 2000 foi recontratado pelo seu antigo empregador e está para completar 16 anos no serviço. Mas sem a prótese funcionando não consegue operar a máquina que o transformou em ícone no aproveitamento profissional de trabalhadores com deficiência e no cumprimento da Lei de Cotas em Osasco e Região.

Os Artigos 89 e 90 da Lei 8213/91 obriga o INSS a fornecer próteses, órteses e demais aparelhos ortopédicos para os segurados, mesmo após a aposentadoria. A última prótese foi entregue a Evanilso há mais de 6 anos, em maio de 2010, conforme documento em anexo. Centenas de segurados estão na mesma situação.

Este estado de barbárie chegou a ser relatado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Osasco e Região no IV Congresso Internacional de Ciências do Trabalho, Meio Ambiente, Direito e Saúde, que se encerrou na sexta-feira, dia 26/08/2016 no salão Nobre da Faculdade de Direito da USP, em São Paulo, na presença do Evanilso. Representantes de Instituições presentes, não imaginavam que este descaso continua a acontecer em, pleno século XXI.

Com a palavra, os responsáveis nacionais e estaduais da Previdência.