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Nesta terça-feira, em Cubatão, nova passeata de desempregados
terça-feira, 30 de agosto de 2016
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Os desempregados das indústrias e empreiteiras de Cubatão farão nova passeata, na manhã desta terça-feira (30), no centro da cidade, às 10 horas.
A concentração está marcada para as 8 horas.
Eles sairão da subsede do sindicato dos trabalhadores na construção civil, montagem e manutenção industrial (Sintracomos), na Avenida Joaquim Miguel Couto, 337, diante do fórum, Centro.
E rumarão para a associação comercial e industrial (Acic), na Rua Bahia, 163, bairro Vila Paulista, onde o sindicato terá uma reunião com representantes das empresas e autoridades.
Segundo o presidente do Sintracomos, Macaé Marcos Braz de Oliveira, o encontro foi organizado conjuntamente com o centro das indústrias do estado de São Paulo (Ciesp).
“Como o Ciesp não aceita candidatos às eleições em suas atividades”, explica o sindicalista, “a saída foi promoverem o encontro na associação comercial”.
Lá estarão, além de representantes das empresas e empreiteiras, autoridades executivas e legislativas. Foi convidada a prefeita Márcia Rosa (PT) e o presidente da câmara, Aguinaldo Araújo (PDT).
Foram também comunicados os demais vereadores, representantes do Pat (posto de atendimento ao trabalhador), o movimento dos desempregados e centrais sindicais.
O sindicalista espera representantes das 23 indústrias e 53 empreiteiras instaladas no município, entre elas a Petrobras, Usiminas, Vale Fertilizantes, Carbocloro, Breda, Braskem, Dow Brasil, Ecopátio, Engebasa, Estireno, Intercement, Petrocoque e Rhodia.
10 mil desempregados
Macaé lembra que há mais de 10 mil desempregados em Cubatão e diz que “é necessária uma conversa de gente grande, entre as partes envolvidas, que são os sindicatos, empresas, autoridades e a comissão de trabalhadores, visando alternativas para esse povo”.“As empreiteiras contratantes de mão de obra de outras cidades, regiões e estados são as grandes vilãs da falta de vagas no polo industrial para os trabalhadores da região”, reclama o presidente do Sintracomos. “E isso tem que ser debatido seriamente”.
“Os maus patrões agem assim para evitar ações trabalhistas, que devem ser processadas judicialmente nas cidades onde se dá a prestação de serviços, o que dificulta a medida pelos trabalhadores de fora. Essa é a principal causa do problema”, esclarece Macaé.
“Os empresários reclamam que o nosso pessoal tem mania de procurar a Justiça do Trabalho. Mas a verdade é que isso acontece apenas quando os direitos dos companheiros não são respeitados”, pondera o sindicalista.
Macaé defende o emprego para a mão de obra da região não apenas nas chamadas ‘paradas’ de manutenção das indústrias, que duram de 35 a 40 dias, mas principalmente nos grandes contratos das empreiteiras, de um a dois anos.
Coleta de alimentos
O Sintracomos tem fornecido toda a estrutura necessária para organização e luta dos desempregados. A diretoria liberou o salão climatizado de assembleias, com mais de 200 cadeiras, água gelada, café e serviço burocrático para cadastramento de currículos.
Mais que isso, tem articulado reuniões com o Ciesp, prefeitura, posto de atendimento ao trabalhador (Pat) e autoridades. O Sintracomos tem ainda engrossado a luta dos desempregados, trazendo para a cidade a atenção de lideranças políticas, sindicais e comunitárias, engajando-as no movimento.
Macaé lamenta que “infelizmente, muitas famílias dos desempregados que lutam desesperadamente por vagas no polo industrial já passam por enormes dificuldades, principalmente falta de alimentos. Sem contar o dinheiro curto para saldar contas e mensalidades que se acumulam com o passar do tempo, a falta de comida na mesa está levando milhares de pessoas ao desespero”.
“Faltam também nas casas dessas pessoas outros produtos de primeira necessidade, principalmente de limpeza e higiene pessoal, tornando-as vulneráveis a doenças. Por isso, a comissão dos desempregados, a diretoria do Sintracomos, outros sindicatos, entidades diversas e até pessoas, individualmente, iniciaram a coleta da solidariedade”, diz o sindicalista.
A subsede do Sintracomos, na Avenida Joaquim Miguel Couto, 337, diante do fórum, Centro, é um dos pontos de arrecadação. Quem preferir pode ligar 3361-3557 que o sindicato buscará a colaboração.