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Sintracomos e Sindipetro paralisaram refinaria contra reforma da previdência
sexta-feira, 22 de março de 2019
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As diretorias dos sindicatos dos trabalhadores na construção civil, montagem e manutenção industrial (Sintracomos) e dos petroleiros (Sindipetro) chegaram à entrada principal da empresa a partir das 5h30, distribuíram panfletos e fizeram discursos.
O presidente do Sintracomos, Macaé Marcos Braz de Oliveira, disse aos operários que o ato foi “o tiro inicial na difícil guerra contra os inimigos dos trabalhadores e aposentados, que querem impor a reforma da previdência na força, para aprofundar a miséria do povo”.
“Que o governo e os banqueiros saibam, não será fácil”, disse o sindicalista. “Não apenas aqui, neste protesto, mas também nos campinhos de futebol de várzea, nos bailes, festas, bares, praias, em casa, na vizinhança, em todos os lugares, este será um dos assuntos”.
Para Macaé, o protesto, que ocorre em todo o Brasil, “foi apenas um ‘esquenta’ para a greve geral que os trabalhadores precisarão fazer para barrar essa reforma nefasta e prejudicial ao povo. A elite econômica quer escravizar os brasileiros ainda mais e não podemos permitir isso”.
Dinheiros dos pobres para os ricos
O presidente do Sintracomos questiona o argumento do ministro da fazenda, Paulo Guedes, de que a reforma resultará numa economia de R$ 1 trilhão em dez anos. “Que economia? Esse dinheiro sairá das aposentadorias e pensões e irá para o bolso dos banqueiros”.
Macaé pondera que “os bancos e outros setores da elite econômica já levam 40% do orçamento federal de R$ 4 trilhões, todo ano, cerca de R$ 1,5 trilhão, a título de juros e amortizações da dívida pública, que beira R$ 5,5 trilhões. E querem mais!”.
“A reforma visa tirar recursos de subsistência das famílias brasileiras, para garantir aos endinheirados, menos de um por cento da população, uma vida nababesca em mansões, iates, aviões de luxo, champanhe, caviar e luxúria”, lamenta o sindicalista.
Ele defende que “a mobilização dos trabalhadores pressione o congresso nacional a barrar esse plano diabólico de matar os brasileiros aos poucos, de fome, de doenças e de outros problemas causados pela miséria. Estamos nessa luta até a vitória contra o saco de maldades”.
O dia nacional de protesto contra a reforma da previdência terá ato gigante na Avenida Paulista, em São Paulo, diante do MASP, a partir das 17 horas. Em Santos, na Estação da Cidadania, esquina das avenidas Ana Costa e Francisco Glicério, o protesto será a partir das 18 horas.