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Saúde e Segurança
Pesquisa sobre o benzeno constata alterações em exames clínicos de trabalhadores de postos do RJ
quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015
Saúde e Segurança
Pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz(FIOCRUZ) mostra alterações nos exames clínicos de 28% dos trabalhadores dos postos de combustíveis do município do Rio que participam do projeto Caracterização de Riscos Relacionados à Exposição Ocupacional ao Benzeno. De acordo com relatório preliminar, 32 dos 120 trabalhadores pesquisados apresentaram uma diminuição nos valores de leucócitos no sangue, o que é um efeito característico pela exposição ao benzeno.
Os trabalhadores foram recrutados entre 2010 e 2013 em postos de combustíveis de São Cristóvão, Vila Isabel, Tijuca, Bonsucesso e Engenho de Dentro, Zona Norte do Rio. A primeira fase da pesquisa já foi concluída e todos trabalhadores receberam os laudos médicos.
O grupo, que apresentou alteração nos exames clínicos, está recebendo acompanhamento no Centro de Estudo da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana(Cetesh).
O projeto, que entra agora na segunda fase, conta com o apoio direto do SINPOSPETRO-RJ que auxilia os pesquisadores na coleta nos postos e no transporte de material biológico dos trabalhadores. A nova etapa abrange os bairros de Paciência, Santa Cruz e Sepetiba, na Zona Oeste. A escolha da região para realização da pesquisa não foi aleatória, já que nessa área há um grande número de indústrias. O objetivo é comparar o grau de risco do trabalhador quando fica exposto a agentes tóxicos, como o benzeno, e a poluição ambiental.
Em todos os postos avaliados na primeira fase, a pesquisa constatou que a concentração de benzeno próximo a bomba de abastecimento é compatível com a legislação. No relatório, no entanto, os pesquisadores deixam claro que não há limite seguro de exposição para substâncias cancerígenas, como é o caso do benzeno. O documento não exclui a possibilidade de adoecimento dos trabalhadores expostos ao benzeno.
O relatório parcial com dados da primeira fase da pesquisa, que teve início há cinco anos, foi entregue nesta quarta-feira(25) ao sindicato pelos pesquisadores Isabeli Amaral, Leandro Carvalho e Marcos Menezes. O presidente do SINPOSPETRO-RJ, Eusébio Pinto Neto e os diretores Isaias Albuquerque e Aparecida Evaristo participaram da reunião. Estefania de Castro, assessoria de Imprensa Sinpospetro-RJ.