Registrada sexta morte na construção civil na Baixada Santista em 2014

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O trabalhador Sandro Luiz de Andrade caiu do oitavo andar de um prédio em construção, no Centro de Mongaguá, litoral paulista, e morreu na hora, após atingir dois colegas, no chão.

Um deles, primeiramente socorrido no pronto-socorro da cidade, foi transferido para a Santa Casa de Santos, onde, segundo o sindicato dos trabalhadores na construção civil, segue internado, em estado grave.

O acidente, por volta das 16 horas de quarta-feira (17), foi o sexto fatal, na construção civil da Baixada Santista, como lembra o presidente do sindicato, Marcos Braz de Oliveira ‘Macaé’.

“É praticamente um a cada dois meses”, reclama o sindicalista. Para ele, “é um índice inaceitável”. Sandro tinha 38 anos, era solteiro e o laudo pericial deve ficar pronto em 30 dias.

Outros

Em 25 de novembro, o pintor de paredes Amos Francisco da Silva, de 25 anos, caiu de um prédio no conjunto residencial Riviera de São Lourenço, em Bertioga, e morreu.

Ele trabalhava na reforma externa do edifício, na Alameda das Conchas, quando a corda que o sustentava rompeu-se e ele caiu. Segundo a polícia civil, ele chegou a ser levado ao pronto-socorro.

 “Infelizmente, a irresponsabilidade das empresas, que na maioria das vezes não tem técnicos e engenheiros de segurança nas obras, continua aumentando esses números tristes”, lamenta Macaé.

Ele pondera ainda que a falta de fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) “é outro agravante. As empresas não se sentem fiscalizadas e não cumprem as medidas legais de segurança”.

Santos

Acidentado havia cerca de 50 dias, morreu, na madrugada de 3 de novembro, na Santa Casa de Santos, o trabalhador Francisco Antônio de Alencar. Foi o quarto óbito na região.

Ele caiu de uma das oito pequenas casas geminadas e sobrepostas em construção na José Gonçalves da Mota Júnior, 9, no bairro Marapé, em no começo de setembro.

Em 30 de outubro, o soldador Aldo Sebastião Bispo, de 60 anos, morreu na obra do edifício ‘Green Garden’, ainda em fase inicial, na Avenida Almirante Cóchrane (canal 5), 175.

Após ser atingido pela queda de um muro, ele foi removido para o pronto-socorro da zona leste, com parada cardiorrespiratória, politraumatismo, trauma crânio encefálico e hemorragia no ouvido.

Em 6 de outubro, morreu o trabalhador Wellington Monteiro, na montagem de um elevador de açúcar, no armazém 16 do porto de Santos. Ele trabalhava para a RDC Construtora e Incorporadora.

Em 29 de janeiro, na Usiminas, em Cubatão, morreu o soldador Paulo Dias de Moura, de 58 anos, após cair de uma plataforma de 30 metros.