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Metalúrgicos de Curitiba: Categoria intensifica luta por direitos empregos
segunda-feira, 5 de setembro de 2016
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Mobilização começou ontem, dia 5, com a paralisação de mais de 15 mil trabalhadores metalúrgicos
Mais de 15 mil metalúrgicos da Grande Curitiba paralisaram suas atividades, neste dia 5, para mostrar que não vão aceitar que a saída da crise econômica seja através do corte de direitos. As manifestações foram realizadas na Volvo, Bosch, WHB, CNH e Renault. Foi o pontapé inicial da campanha “Retirar direitos não gera emprego! Retomada econômica já!”, que será realizada por todo o Brasil pelos sindicatos da confederação nacional da categoria – CNTM.
“Os metalúrgicos do Paraná deram o recado. Propor a flexibilização de direitos num momento de fragilidade do trabalhador é oportunismo patronal. Em vez de mirar os nossos direitos, que o governo diminua a taxa de juros, que acabe com os privilégios dos políticos e da elite econômica, mantidos com dinheiro público. Chega de querer resolver a crise sacrificando os mais pobres”, diz o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba, Sérgio Butka.
O secretário-geral da Força Sindical, João Carlos Gonçalves, Juruna, que participou do ato, falou sobre o início da campanha: “Muito positivo porque, como a negociação pressupõe mobilização, é importante que os sindicatos façam atividades como esta, de informação, de explicação do que está acontecendo. É importante ganhar a sociedade apresentando nossas propostas”, disse.
Além de Juruna, participaram das manifestações os metalúrgicos de Catalão-GO, Anápolis-GO e São Paulo-SP. “A categoria está se mobilizando por todo o País para intensificar a luta contra os ataques aos direitos, em defesa dos empregos, por reajustes dignos e pela retomada do crescimento econômico”, diz Jorge Carlos de Moraes, Arakém, secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo.
Marcha no centro de Curitiba
Depois da ação nas fábricas, os trabalhadores caminharam em marcha pela rua XV, no centro de Curitiba. Além das palavras de ordem, os trabalhadores distribuíram para a população um flyer explicativo denunciando as propostas de flexibilização e o corte de direitos defendido pelo patronal e abraçado pelo novo governo, e as propostas dos trabalhadores, que defendem que a saída da crise passa pelo fim dos juros e pelo fortalecimento do crédito e da renda do trabalhador.