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Na manhã desta terça-feira (16) dezenas de lideranças sindicais fizeram uma panfletagem para iniciar a divulgação da celebração do Dia do Trabalhador – 1º de Maio Unificado das Centrais Sindicais foi realizado, no Largo da Concórdia (Estação de Trem do Brás), em São Paulo SP. O evento, este ano, será realizado no Estacionamento da NeoQuímica Arena (Itaquerão – estádio do Corinthians), na Zona Leste da capital paulista, a partir das 10 horas. O 1º de Maio Unitário é organizado pelas centrais sindicais:
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O bom exemplo do Simarj para o sindicalismo na atualidade
quarta-feira, 13 de setembro de 2017
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O evento será realizado entre os dias 12 e 14 de setembro, nas dependências do Hotel Cabeça de Boi.
O Simarj representa Aeroviários instalados nos aeroportos Santos Dumont, Tom Jobim (antigo Galeão), Jacarepaguá, Área de Apoio (AIR), Terminal de Carga Aérea (Teca) e nos pontos localizados fora dos aeroportos, que são as lojas. Luiz José Couto Martins Braga, presidente do Simarj defende a sindicalização como fator essencial para a sobrevivência dos sindicatos e observa que as entidades são responsáveis pelos funcionários que empregam.
A combatividade do Simarj fez crescer o número de sindicalizados de 50 trabalhadores, em 2013, para 1.200, na atualidade, condição explicada pelo diretor Marcelo Schmidt, que apresentou o painel “Trabalho de Base, Sindicalização e Arbolitos”, ao final do primeiro dia do encontro. O sindicalista explicou as bases do objetivo estratégico da entidade, construída em três degraus, que são a resistência para alcançar a insurgência; a manutenção do direcionamento do processo, até chegar à experiência do poder.
PLANEJAMENTO E DISCIPLINA SINDICAL
Como objetivo tático, Marcelo Schmidt definiu o trabalho de base, presente nos locais de trabalho, moradia, escolas e nas ruas. A sindicalização também integra o processo, que visa constituir o que é definido como “maioria qualificada”, a fim de atingir o poder político, que está no controle direto da produção e da gestão financeira.
A organização nos moldes apresentados, aponta a aplicação de leis, sendo a primeira a ocupação de espaços, da sindicalização e poder político, com meta mínima de 70%. A segunda consiste em localizar e detalhar os espaços locais e a terceira lei trata do mapeamento de cada aeroporto, empresa e turno para facilitar o trabalho. A quarta lei se refere à formação de equipe para montar o arbolito, composta por líderes por empresa e para o desempenho de tarefas.
Traduzindo para a língua portuguesa, a palavra “arbolito” significa “pequena árvore”, figura sugerida pela quinta lei, que consiste na montagem do arbolito propriamente dito. Pela estimativa, são necessários seis meses para que o arbolito possa frutificar. Na sexta lei, a comunicação e na sétima, as janelas que farão com o trabalho de base seja facilitado.
Partindo da noção de que o motivo da sindicalização é individual e coletivo, mas que também parte do coletivo para o individual – um alimentando o outro -, Marcelo Schmidt demonstrou a aplicabilidade prática do sistema do arbolito em eventos históricos, como o processo que culminou com o salvamento da Aerolíneas Argentinas, estatizada em 2008 por Cristina Kirschner, presidente da Argentina.
A AUTOGESTÃO NO TRABALHO
A expressão “Arbolito” tem origem na experiência de autogestão do trabalho, que mobiliza os trabalhadores a desenvolver práticas educativas para jovens e adultos, observada na Cooperativa Unión Solidaria de los Trabajadores (UST) e do Bachillerato Popular Arbolito, ambos localizados no bairro San Lorenzo de Wilde, do Bairro Avellaneda, em Buenos Aires, capital da Argentina.
O ideal de autogestão integral, o estabelecimento de relações políticas com organizações sociais, o desenvolvimento de uma cultura do trabalho própria dessa experiência de autogestão, a construção de saberes do trabalho associado, a relação entre trabalho e educação e, por fim, o elemento educacional como estratégia que compõe a autogestão da cooperativa.