Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
29 ABR 2025

Imagem do dia

[caption id="attachment_69212" align="aligncenter" width="1024"]Veja fotos da Plenária e Caminhada da Classe Trabalhadora Veja fotos da Plenária e Caminhada da Classe Trabalhadora[/caption]

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Imprensa

Com a crise, 55% buscaram serviço extra, mostra pesquisa

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Imprensa

Com a crise, 55% buscaram serviço extra, mostra pesquisa

trabalho informal3Crédito: Divulgação

Mas quase 30% não conseguiram encontrarar ocupação

São quase 12 milhões de desempregados, e parte deles está em lares que O GLOBO acompanhou para ver os impactos da crise na vida das famílias. A pesquisa exclusiva da FGV Projetos, encomendada pela Fecomércio-RJ, mostrou outro efeito perverso da recessão de mais de dois anos: 55% procuraram trabalho extra e 29% não conseguiram.

Na casa da vendedora de salgadinhos Mayra Ribeiro, o marido, Rômulo de Castro, perdeu o emprego há menos de dois meses. Ele foi demitido da obra onde estava há um ano e meio e ainda tenta receber a rescisão e os documentos para liberar o FGTS e entrar com o pedido de seguro-desemprego:

— Estou fazendo uns biscates. Ganho R$ 50, R$ 60 pela diária.

Para dar conta das despesas da família de seis pessoas, Mayra começou a vender salgadinhos há seis meses. São quatro filhos: Mateus, de 13 anos, Jonhatan, de 9, Isabella, de 8 e Brayan, de 4. A família de Mayra se enquadra nas duas pontas da piora no mercado de trabalho identificada pela pesquisa e pelas estatísticas oficiais. Há desemprego em casa e ela precisou trabalhar mais para pagar as despesas.

— Eu mesmo faço as empadas e compro os outros salgados. Depois que a situação se acalmar, quero pagar as dívidas e fazer uma boa compra — explica Mayra.

A antropóloga de consumo Hilaine Yaccoub não se surpreendeu com o resultado da pesquisa, que mostrou mais procura por trabalho extra:

— Fazer bicos já é um valor. Mesmo na época de ouro, quando conseguiram carteira assinada, sempre houve. Principalmente as mulheres, sempre foram empreendedoras. Consumidor não é passivo, luta a favor. Dá um jeito, não tem vergonha de botar a cara vendendo cosmético de casa em casa, bolos, doces e salgados.

Na casa da despachante do Detran Flávia Campos Silva, o marido, Ivanilson Jessé Rosa, perdeu o emprego há poucos meses e ainda tenta conseguir o seguro-desemprego.

— Tive dificuldades para agendar a entrevista para entrar com o pedido de seguro-desemprego, e agora estão implicando com o nome diferente da minha mãe em documentos. Vou ter que ir na Receita Federal resolver isso antes que acabe o prazo para pedir o benefício — conta ele.

Enquanto isso, Ivanilson auxilia a mulher no trabalho de despachante, enquanto outro emprego não aparece. Pela pesquisa da FGV, 76% dos cerca de 2.000 entrevistados estão preocupados com o risco de perder o emprego, com 44% muito preocupados.

— Ter serviço e estar empregado se misturam com a identidade social de uma pessoa. Você é aquilo que faz — afirma Hilaine.

O pedreiro João Vicente de Souza trabalhou com carteira assinada por 17 anos — há três atuava na mesma empreiteira. Até que, em dezembro passado, foi demitido, engrossando a estatística de 418 mil vagas perdidas no setor de construção civil no ano passado, o segmento que mais eliminou postos de trabalho. Ele entrou no time dos conta própria, que soma atualmente 22,6 milhões de trabalhadores, número que é 527 mil maior que há um ano.

DE VOLTA AO MERCADO

Para se preparar para a nova fase, Vicente fez cursos gratuitos, investiu em material, mas a vida de empreendedor traz suas incertezas. A pesquisa mostrou que 41% dos entrevistados fizeram curso de qualificação para manter ou conseguir emprego.

Iraci Gomes também está trabalhando por conta própria. Desde que perdeu o emprego, começou a cuidar de crianças para garantir o próprio sustento e o da filha, Ana Clara, de 10 anos. São três crianças da vizinhança que ficam na sua casa:

— Foi a maneira que encontrei para ficar com a minha filha e trabalhar.

Depois de 43 anos no mercado de trabalho, o gerente comercial Jorge Luiz Coutinho achou que poderia descansar um pouco. Achou errado. Em 2012, ele chegou a se aposentar, após ter atuado em diversas companhias de grande porte, mas precisou voltar à ativa no ano seguinte, para manter o padrão de vida que conquistou nas últimas décadas. Hoje, aos 58 anos, trabalha em uma empresa que fornece material de limpeza para o varejo.

— Para manter o padrão de vida, precisei voltar ao mercado.

A dentista Vânia Vidal Mourão, que atende em Copacabana e na Barra da Tijuca, está ficando mais tempo no consultório. Tudo para adaptar o horário aos pacientes:

— Tem que atender na hora que o paciente pode, preciso equilibrar a agenda conforme o paciente quer. E parcelo o pagamento em até 18 meses.

O marido de Vânia, Elias Corrêa de Farias, empresário, viu o movimento no seu salão de cabeleireiro cair 28% no último ano:

— Os clientes continuaram, mas a frequência diminuiu. Até 2014, atendia 22 pessoas por dia, hoje atendo 12. Faço promoções, o que for para atrair a clientela.

Segundo o diretor da FGV Social e ex-presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Marcelo Neri, pela primeira vez desde 1992, houve piora em dois indicadores fundamentais para as famílias: a renda do trabalho e a domiciliar per capita, que soma também recursos de aposentadoria e programas sociais, caíram e houve aumento “forte da desigualdade”:

— No último trimestre do ano houve queda forte da renda com aumento de desigualdade, o que não acontecia desde 1997. Esse processo continuou no primeiro trimestre e se aprofundou.

O economista calculou e viu que o Índice de Gini (principal indicador de distribuição de renda, que varia de zero a 1, e quanto mais alto, maior é a desigualdade) subiu de 0,515 para 0,525:

— É uma subida grande. A queda da renda desacelerou mais recentemente, mas é otimismo acreditar que está se revertendo totalmente.

Para o economista, os riscos são grandes.

— Estamos surpreendentemente próximos do topo (das conquistas sociais), mas estamos à beira do precipício, num céu cheio de nuvens — diz Neri.

O arquiteto Ronald Goulart enfrentou uma queda no número de projetos, mas já observa melhora mais recentemente. Teve que recorrer a reservas e viu o desemprego assolar seus clientes:

— Trabalhei para uma empresa na área de petróleo que fechou um ano depois. Grandes empresas pararam tudo. Escritórios que tinham mil funcionários passaram a funcionar com 600. Fiz o trabalho oposto do que fazia. ‘Vou devolver um andar, preciso de layout para se adequar ao novo espaço”, dizem. É uma inversão, normalmente me chamam para expandir. Tive clientes que estavam construindo uma casa e, de repente, acabou o emprego.

A advogada Adriana Tinoco, especializada na área ambiental, não conseguiu novos clientes. Trabalhando no setor de petróleo e gás viu a demanda minguar:

— Vínhamos sentindo a crise antes de ela chegar, já no fim de 2014. Quando a crise aumentou, não perdi clientes, mas não tive novos negócios. A demanda parou.

Ela,então, reduziu os custos com o escritório e passou a trabalhar mais em casa.

Na casa da costureira Maria de Fátima de Souza, todos trabalharam mais. Ela, costureira, vende sacolés, o marido, Valter, aposentado, faz biscate para complementar a aposentadoria.

— Além dos biscates, Valter também corre os supermercados, de bicicleta, atrás das promoções — conta Fátima.

Fonte: O Globo

Últimas de Imprensa

Todas de Imprensa
Químicos de Prudente avaliam negociações do setor do etanol
Força 27 JUN 2025

Químicos de Prudente avaliam negociações do setor do etanol

Trégua de 15 dias na greve do transporte coletivo de Guarujá
Força 27 JUN 2025

Trégua de 15 dias na greve do transporte coletivo de Guarujá

Centenas de associados participam do arraiá do CIVI/Sindnapi
Força 27 JUN 2025

Centenas de associados participam do arraiá do CIVI/Sindnapi

Desemprego recua e emprego com carteira bate recorde no Brasil
Imprensa 27 JUN 2025

Desemprego recua e emprego com carteira bate recorde no Brasil

Marinho fala sobre futuro do trabalho no Brasil no Sintracon-SP
Força 27 JUN 2025

Marinho fala sobre futuro do trabalho no Brasil no Sintracon-SP

Maria Bethânia canta: Memórias do Mar; música
Força 27 JUN 2025

Maria Bethânia canta: Memórias do Mar; música

Força Sindical, Metalúrgicos SP e UnicSul realizaram Semana da Saúde
Força 27 JUN 2025

Força Sindical, Metalúrgicos SP e UnicSul realizaram Semana da Saúde

Juruna participa de debate sobre o fim da escala 6×1; Ao Vivo
Força 27 JUN 2025

Juruna participa de debate sobre o fim da escala 6×1; Ao Vivo

Confira boas práticas em negociações coletivas para inserir jovens no mercado de trabalho
Imprensa 27 JUN 2025

Confira boas práticas em negociações coletivas para inserir jovens no mercado de trabalho

Metalúrgicos do Sul Fluminense aprovam contas de 2024
Força 27 JUN 2025

Metalúrgicos do Sul Fluminense aprovam contas de 2024

Sindec convoca associados para Assembleia nessa quinta (26)
Força 26 JUN 2025

Sindec convoca associados para Assembleia nessa quinta (26)

Transporte coletivo em greve por tempo indeterminado no Guarujá
Força 26 JUN 2025

Transporte coletivo em greve por tempo indeterminado no Guarujá

Comitê Mundial dos Trabalhadores da Red Bridgestone se reúne no Japão
Força 26 JUN 2025

Comitê Mundial dos Trabalhadores da Red Bridgestone se reúne no Japão

Frentistas do Rio têm desconto de até 50% nas principais redes de farmácias no Rio
Força 26 JUN 2025

Frentistas do Rio têm desconto de até 50% nas principais redes de farmácias no Rio

Movimento parado
Artigos 26 JUN 2025

Movimento parado

Serginho é eleito presidente do Codefat para o biênio 2025/2027
Força 26 JUN 2025

Serginho é eleito presidente do Codefat para o biênio 2025/2027

Fundacentro promove debate sobre o fim da escala 6×1
Imprensa 25 JUN 2025

Fundacentro promove debate sobre o fim da escala 6×1

Força SP promove debate sobre Pauta da Classe Trabalhadora
Força 25 JUN 2025

Força SP promove debate sobre Pauta da Classe Trabalhadora

Sindicalistas debatem NR-12 na Fequimfar
Força 25 JUN 2025

Sindicalistas debatem NR-12 na Fequimfar

Comitê Gestor do Projeto SASK se reúne na FEQUIMFAR
Força 25 JUN 2025

Comitê Gestor do Projeto SASK se reúne na FEQUIMFAR

Metalúrgicos da Restaumotor aprovam PLR
Força 25 JUN 2025

Metalúrgicos da Restaumotor aprovam PLR

Pesquisa mostra que 67% dos brasileiros preferem ter carteira assinada
Imprensa 24 JUN 2025

Pesquisa mostra que 67% dos brasileiros preferem ter carteira assinada

Jefferson Caproni reforça apoio à Santa Casa de Santa Fé do Sul
Força 24 JUN 2025

Jefferson Caproni reforça apoio à Santa Casa de Santa Fé do Sul

Sindnapi realizará festa junina em Americana
Força 24 JUN 2025

Sindnapi realizará festa junina em Americana

A Faria Lima custa caro demais ao Brasil
Artigos 24 JUN 2025

A Faria Lima custa caro demais ao Brasil

Sinpospetro-RJ retoma negociação dos frentistas do estado do RJ nesta semana
Força 24 JUN 2025

Sinpospetro-RJ retoma negociação dos frentistas do estado do RJ nesta semana

Ministro do Trabalho participa de ciclo de palestras promovido pelo Sintracon-SP
Força 24 JUN 2025

Ministro do Trabalho participa de ciclo de palestras promovido pelo Sintracon-SP

Força Sindical e CNTM lutam em defesa dos aposentados
Força 23 JUN 2025

Força Sindical e CNTM lutam em defesa dos aposentados

Reduzir a jornada impulsiona qualidade de vida e produtividade
Palavra do Presidente 23 JUN 2025

Reduzir a jornada impulsiona qualidade de vida e produtividade

Sindicalistas debatem 4º Congresso Mundial da IndustriALL
Força 23 JUN 2025

Sindicalistas debatem 4º Congresso Mundial da IndustriALL

Aguarde! Carregando mais artigos...