Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
25 ABR 2024

Imagem do dia

8⁰ Congresso Internacional de Direito Sindical 8⁰ Congresso Internacional de Direito Sindical

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Imprensa

Informalidade bate recorde no país e já atinge 43% dos trabalhadores

segunda-feira, 5 de novembro de 2018

Imprensa

Informalidade bate recorde no país e já atinge 43% dos trabalhadores

Dados da Pnad, apurados pelo jornal Folha SP, mostram que entre os formais, vaga de menor qualificação leva salário de admissão a mínima em dez meses
InformalidadeCrédito: Divulgação

A cada 10 brasileiros que estavam trabalhando no terceiro trimestre deste ano, cerca de 4 atuavam na informalidade, apontam os dados da mais recente Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) Contínua, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Entre junho e setembro, o país registrou 92,6 milhões de pessoas ocupadas.

Dessas, quase 43%, ou 39,7 milhões de pessoas, não tinham carteira assinada, somando empregados do setor privado e público sem registro, trabalhadores por conta própria sem CNPJ, trabalhadores doméstico sem carteira e quem trabalha em família.

Esse é o maior percentual trimestral registrado pela Pnad desde que o levantamento começou a separar os conta própria com e sem CNPJ, no fim de 2015.

No terceiro trimestre deste ano, a taxa de desemprego no país ficou em 11,9%, 0,5 ponto percentual abaixo da registrada no mesmo período do ano passado.

O alívio veio com o avanço de 1,5% na população ocupada, resultado da entrada de 1,3 milhão de pessoas no mercado de trabalho —especialmente na informalidade.

Thiago Xavier, analista da consultoria Tendências, observa que, desse contingente, 601 mil trabalhavam no setor privado sem carteira assinada e outros 585 mil atuavam por conta própria —sendo 236 mil sem registro.

“A rota de entrada é a informalidade porque, na comparação anual, o trabalho com carteira [no setor privado] ainda registrou perda de 328 mil pessoas”, afirma.

Desempregada há sete meses, Cássia Lins Barbosa Vila Real, 31, tem se virado com trabalhos por conta própria de maquiadora para pagar as contas. Ela afirma que o seu rendimento caiu 30% desde que foi demitida, em abril.

Ela tem conseguido conciliar os trabalhos eventuais com a educação do filho, de uma ano e três meses, mas procura uma oportunidade de voltar para o mercado formal.

“Se eu achar algo por meio período, melhor ainda. Só trabalhando por conta própria a renda é muito baixa”, diz.

Essa não foi a primeira vez que Cássia teve que se reinventar.

Antes de entrar no mercado de beleza, ela trabalhou oito anos na gigante IBM, na parte de atendimento e também com vendas.

Em 2014, a empresa fez cortes e, até ela se recolocar, dessa vez na nova profissão, foram dois anos sem trabalho.

Segundo a maquiadora, além da falta de carteira assinada, os custos do trabalho por conta própria são o que mais dificulta a renda.

“Bancar produtos e transporte e não ter o trabalho valorizado, com o pessoal sempre querendo pagar menos, desmotiva, mas vou nessa até conseguir algo formal”, afirma ela, que cobra R$ 150 por cada maquiagem feita.

Não é só a renda do informal que não avança. O rendimento médio real habitualmente recebido pelos ocupados (R$ 2.222) e a massa salarial (R$ 200,7 bilhões) —soma dos os rendimentos brutos recebidos em todos os trabalhados pelos ocupados— mantiveram-se estáveis no terceiro trimestre, afirma Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

“Isso demonstra que as vagas que foram criadas são de baixo impacto salarial”, diz.

O fenômeno monetário também pode ser observado no Caged (Cadastro de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho), que capta os números do mercado formal brasileiro.

Em setembro, o saldo de vagas foi o melhor para o mês em cinco anos, com 137.336 postos positivos entre admitidos e desligados.

Apesar disso, a média de salário para os trabalhadores admitidos foi a menor dos últimos dez meses: R$ 1.516,89.

Segundo Clemente Granz Lucio, diretor técnico do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), há várias possíveis causas para o fenômeno: o acumulado da inflação, a alta rotatividade do mercado, o perfil das vagas que estão contratando –que são mais operacionais no setor de serviços– e a precarização da mão de obra, com alto número de informais.

“O repique da inflação influencia nos salários de admissão. E as funções que mais contratam, que são do setor de serviços, oferecem até 1,5 salário mínimo [R$ 1.431]. Tudo isso ajuda a puxar o salário médio para baixo.”

O setor de serviços, mencionado por Lucio, foi responsável por 44,3% das contratações em setembro, fechando com um saldo de 60.961 no período, segundo o Caged.

Maria Andréia Lameiras, técnica de planejamento e pesquisa do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), diz que a queda no salário médio de entrada não é necessariamente ruim.

“Um salário alto não significa que o mercado está bombando. Às vezes, ele está muito alto porque tem só um setor que paga mais contratando”, afirma.

Segundo ela, o dado do Caged é positivo porque demonstra que o mercado está trazendo de volta uma população com qualificação mais baixa, que já estava havia muito tempo desempregada.

Os especialistas afirmam que um caminho possível seria que, após retornar ao mercado pela informalidade, o trabalhador migrasse para um emprego com carteira.

Foi o caso do motorista Nivaldo Constantino, 46, que voltou à formalidade após um período sem carteira.

Ele perdeu o emprego como motorista de uma empresa em junho deste ano e passou a utilizar sua moto para fazer entregas.

No mês passado, a mesma empresa que o demitiu ofereceu um novo emprego, dessa vez como motorista de motocicleta.

“A necessidade me abriu uma nova área de trabalho, e a partir disso pude voltar. Estou feliz, com carteira assinada e recebendo praticamente a mesma coisa que antes”, diz Nivaldo.

Há ainda quem tenha feito do trabalho por conta própria uma nova profissão.

O mestre de obras autônomo Marcelo de Almeida, 41, foi exonerado da Polícia Militar de São Paulo há cinco anos e viu na necessidade a oportunidade para iniciar uma nova carreira.

Ele afirma que desde os 13 anos trabalhava com construção. Deixou as obras para entrar na polícia e, depois de 16 anos, precisou voltar.

“Comecei a pegar algumas obras e estou nessa há cinco anos. Não penso em trabalhar com outra coisa.”

Apesar de ter tanto tempo trabalhando como autônomo, Almeida não pretende abrir uma empresa por causa dos altos custos e da burocracia.

“Tenho um contador, pago direitinho o pessoal que trabalha pra mim, mas não tenho como ter uma empresa e assinar carteira. A condição que tenho hoje está boa”, diz.

Fonte: Folha SP

Últimas de Imprensa

Todas de Imprensa
Entidades representativas dos aposentados lançam Moção de Apoio às medidas do INSS
Força 26 ABR 2024

Entidades representativas dos aposentados lançam Moção de Apoio às medidas do INSS

Trabalhador pode registrar acidente sem comunicação da empresa
Força 26 ABR 2024

Trabalhador pode registrar acidente sem comunicação da empresa

8⁰ Congresso Internacional de Direito Sindical
Imagem do dia 25 ABR 2024

8⁰ Congresso Internacional de Direito Sindical

Coopernapi terá tabela de juros do consignado a partir de 2 de maio
Força 25 ABR 2024

Coopernapi terá tabela de juros do consignado a partir de 2 de maio

Não ao assédio moral
Artigos 25 ABR 2024

Não ao assédio moral

Vida que segue
Artigos 25 ABR 2024

Vida que segue

Sindicalistas cearenses debatem fortalecimento do movimento sindical
Força 25 ABR 2024

Sindicalistas cearenses debatem fortalecimento do movimento sindical

1º de Maio das Centrais será no Estacionamento do Estádio do Corinthians
Força 25 ABR 2024

1º de Maio das Centrais será no Estacionamento do Estádio do Corinthians

Sindmetana inicia campanha salarial com trabalhadores da Caoa em Anápolis
Força 25 ABR 2024

Sindmetana inicia campanha salarial com trabalhadores da Caoa em Anápolis

Aplicação da NR-12 na saúde e segurança dos trabalhadores em debate
Força 25 ABR 2024

Aplicação da NR-12 na saúde e segurança dos trabalhadores em debate

Sindnapi participa da 16ª edição da Rio Artes
Força 24 ABR 2024

Sindnapi participa da 16ª edição da Rio Artes

Ato e Canto pela Vida, Praça Vladimir Herzog, domingo 28 de Abril, 11h
Força 24 ABR 2024

Ato e Canto pela Vida, Praça Vladimir Herzog, domingo 28 de Abril, 11h

Trabalhadores querem mais atenção ao calendário agrícola
Força 24 ABR 2024

Trabalhadores querem mais atenção ao calendário agrícola

Parabéns Fequimfar pelos 66 anos de lutas e conquistas
Força 24 ABR 2024

Parabéns Fequimfar pelos 66 anos de lutas e conquistas

FEQUIMFAR comemora 66 anos
Artigos 24 ABR 2024

FEQUIMFAR comemora 66 anos

Renda média familiar cresceu quase 12%; por quê?
Palavra do Presidente 24 ABR 2024

Renda média familiar cresceu quase 12%; por quê?

Mínimo RS: Centrais, governo e empresários ainda não chegaram a acordo
Força 23 ABR 2024

Mínimo RS: Centrais, governo e empresários ainda não chegaram a acordo

Metalúrgicos da Força debatem Nova Indústria Brasil
Força 23 ABR 2024

Metalúrgicos da Força debatem Nova Indústria Brasil

Delegação da Fenabor está na China para intercâmbio sindical
Relações Internacionais 23 ABR 2024

Delegação da Fenabor está na China para intercâmbio sindical

Sindicalistas conversam sobre a organização do1º de Maio
Força 23 ABR 2024

Sindicalistas conversam sobre a organização do1º de Maio

SinSaúdeSP lança convocação para Campanha Salarial 2024/2025
Força 23 ABR 2024

SinSaúdeSP lança convocação para Campanha Salarial 2024/2025

Sindicalistas debatem pautas trabalhistas
Força 23 ABR 2024

Sindicalistas debatem pautas trabalhistas

Vídeos 23 ABR 2024

1º de Maio Unitário – Por um Brasil mais justo!

86,1% dos reajuste salarias tiveram ganho real no primeiro trimestre
Força 19 ABR 2024

86,1% dos reajuste salarias tiveram ganho real no primeiro trimestre

Vídeos 19 ABR 2024

Presidente da Força intensifica luta para fortalecer movimento sindical

Em Brasília, sindicalistas debatem necessidades do setor elétrico nacional
Força 19 ABR 2024

Em Brasília, sindicalistas debatem necessidades do setor elétrico nacional

Eusébio Neto representa trabalhadores no Conselho do SENAC
Força 19 ABR 2024

Eusébio Neto representa trabalhadores no Conselho do SENAC

Sintrabor: Prometeon dificulta a antecipação de acordos coletivos
Força 19 ABR 2024

Sintrabor: Prometeon dificulta a antecipação de acordos coletivos

Projeção de AFT para SP é reduzida; “não vamos abrir mão do contingente”, diz Cissor
Força 19 ABR 2024

Projeção de AFT para SP é reduzida; “não vamos abrir mão do contingente”, diz Cissor

Sindsaúde na posse do Conselho Federal de Enfermagem
Força 19 ABR 2024

Sindsaúde na posse do Conselho Federal de Enfermagem

Aguarde! Carregando mais artigos...