Imagem do dia
Enviar link da notícia por e-mail
Mulher
Fetiasp realiza Março mulher
quarta-feira, 21 de março de 2018
Mulher
É inegável que, ao longo dos anos, conquistamos avanços. Por exemplo, nossos sindicatos têm secretarias da mulher que atendem e organizam as trabalhadoras em suas bases. Este foi um passo importante dado pelas entidades do nosso setor para desenvolvermos ações em prol das mulheres.
No setor da alimentação, nós sindicalistas – mulheres e homens – trabalhamos juntos para negociarmos conquistas para as trabalhadoras. Para deixar clara essa atividade conjunta resolvemos assinar juntos este artigo, ou seja, o presidente Antonio Vítor e eu.
São muitas as reivindicações das trabalhadoras e nossos companheiros estão dispostos a lutar conosco para conquistá-las. Elas vão desde igualdade salarial entre mulheres e homens até mais creches para os nossos filhos. No entanto, neste ano, priorizamos três temas: Previdência, nova lei trabalhista e violência contra as mulheres.
No tocante ao combate à violência faremos uma análise do aumento dos casos e suas consequências na vida das mulheres e que políticas públicas deverão ser implantadas bem como a atuação sindical.
O debate da violência será baseado no artigo 9º da Lei Maria da Penha, que dá estabilidade no trabalho à mulher vítima da violência.Temos que fazer trabalho conjunto com as empresas porque muitas companheiras são demitidas por sofrerem violência e, consequentemente, faltam ao trabalho porque estão machucadas, por exemplo. É preciso fazer um acompanhamento dos casos.
Na área trabalhista, serão discutidos o trabalho intermitente e a terceirização. Ambos retiram direitos. No caso do trabalho intermitente, o pagamento dos benefícios que foram conquistados com muita luta, serão menores, pagos conforme os dias trabalhados e não referente ao mês inteiro.
A reforma da Previdência afetará muito a trabalhadora que começa a trabalhar cedo e tem tripla jornada. A proposta do governo estabelece aposentadoria por idade não por tempo de contribuição. Nesse sentido, se vingar a medida do governo, começou a trabalhar mais cedo será penalizado porque vai se aposentar mais tarde.
O governo defende esta proposta e não faz questão que cobrar os grandes devedores porque é um deles. Estou referindo aos governos estaduais e municipais, além de grandes grupos econômicos.
Neuza Barbosa de Lima,
Vice-presidente da Fetiasp (Federação dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação do Estado de S. Paulo)
Antonio Vítor,
Presidente da Fetiasp