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Praia Grande (SP): Paulinho recomenda greves para negociar redução da jornada
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
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Os metalúrgicos devem puxar novamente a luta pela redução da jornada de trabalho no Brasil, recomendou hoje (dia 10), o presidente da Força Sindical, Paulo Pereira da Silva, Paulinho, ao participar da 1ª Conferência Nacional da Mulher Metalúrgica e da reunião para elaborar o planejamento estratégico realizada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos. Paulinho lembrou que, a categoria comandou esta luta em São Paulo há vários anos e conseguiu acordos de redução da jornada por empresas. "Precisamos aumentar muito a pressão para que a Câmara coloque a proposta de redução da jornada para 40 horas semanais em votação. Devemos pegar fábrica por fábrica fazer uma onda de greve e negociar a redução da jornada", disse.
Paulinho explicou por quê aumentar a pressão. "Os parlamentares se declaram favoráveis à proposta, mas alguns trabalham nos bastidores para impedir que o projeto vá a votação em plenário. Além disso, 1/3 do Senado e quase a metade dos deputados federais são empresários, enquanto os trabalhadores têm 53 parlamentares na Câmara e poquíssimos no Senado", observou.
Nas palestras realizadas nos dois eventos, Paulinho explicou como estão as negociações com o governo para votar projetos que beneficiam os aposentados, inclusive o reajuste do benefício, os efeitos do fator previdenciário quando o trabalhador da ativa vai se aposentar e por quê é importante mudar esta situação e sobre os reajustes ao salário mínimo, que já subiu 74% no governo Lula.
Sobre a ação do Ministério Público do Trabalho para proibir a cobrança da contribuição sindical pelos sindicatos, Paulinho recomendou que as entidades não façam mais acordos isolados com o Ministério Público, porque as centrais estão negociando com o Ministério Público e deve ser fechado um acordo até o início de 2010.
Perfil da Mulher Metalúrgica
O Dieese elaborou o perfil da mulher metalúrgica que revelou dados interessantes, na opinião de Paulinho. Conforme o estudo, aumentou o número de trabalhadores e trabalhadoras metalúrgicos (as) no Brasil., conforme comparação de dados de 1999 e 2008. Em 1999 havia 1.026.195 homens e em 2008 este número subiu para 1.763.753, o que representa crescimento de 72%. Quanto às mulheres, em 2008 eram 176.681 trabalhadoras e, em 2008, chegou a 346.382, o que significou variação de 96%.
O número de metalúrgicas com ensino médio completo cresceu 242%, seguindo aumento de 157% de trabalhadoras com ensino superior completo e, 140%, com ensino superior incompleto. A boa notícia que o número de analfabetas caiu de 1.119 registradas no ano de 1999 para 390 registradas em 2008, o que representa queda de 0,65%.Aquelas com até 5° grau incompleto do Ensino Fundamental caiu para 0,41%; com até 5° grau completo do Ensino Fundamental teve queda de 0,42% e do 6° ao 9° ano Incompleto do Ensino Fundamental também caiu 0,29%.
Tiveram ganhos reais as mulheres que trabalham na metalúrgica básica (14,6%), fabricação de outros equipamentos de transporte (11,6%) e fabricação de equipamentos de instrumentação para uso médico hospitalar (6,9%).O rendimento médio nominal aumntou 96,6% passando de R$ 709,66 (ano de 1999) para R$ 1.394,85 (em 2008). A variação dos rendimentos por faixa de escolaridade mostra que as que têm mais escolaridade ganham mais.