Segurança e saúde nos postos de combustíveis não avançam por falta de fiscalização

Segurança e saúde nos postos de combustíveis não avançam por falta de fiscalização

Os diretores do SINPOSPETRO-RJ e o pesquisador Leandro Carvalho, do Centro de Estudo da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana(Cetesh) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), se reuniram nesta terça-feira, 18, na sede do sindicato.

Eles debateram sobre as dificuldades de aplicação das leis relacionadas à segurança e saúde dos trabalhadores de postos de combustíveis.

O questionamento é parte do trabalho de conclusão de curso (TCC) da aluna de pós-graduação do Cetesh, Janaina Pereira de Jesus. A aluna possui graduação em saúde coletiva pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e no TCC aborda a Saúde e Segurança no Trabalho dos Frentistas: exposição ao benzeno em postos de revenda de combustíveis (PRCs) e desafios na implementação de políticas de proteção.

A pesquisa é basicamente teórica e não abrange trabalho de campo. Leandro Carvalho, orientador da pós-graduação, apresentou a aluna aos representantes da categoria para que ela pudesse ter um melhor entendimento da realidade e das dificuldades enfrentadas pelo frentista no ambiente de trabalho.

Uma das dificuldades apresentadas é a falta de assento nos postos de combustíveis para o funcionário poder descansar entre um abastecimento e outro. O desgaste físico do frentista é mais evidente do ponto de vista ergonômico devido ao longo período de trabalho em pé.

De acordo com Leandro, a reunião com os diretores do sindicato contribuiu significativamente para o projeto.

“Uma coisa é ler artigos sobre o tema, enquanto outra é conversar com os dirigentes da categoria, que têm uma perspectiva de base, de contato direto com o trabalhador. A questão do assento foi um ótimo exemplo, uma vez que não há nenhuma citação a respeito do tema em artigos literários, fundamentando o projeto”, disse.

O professor frisou que, apesar de a legislação ter avançado em alguns aspectos, isso não refletiu em melhorias reais nas condições de trabalho dos frentistas devido à falta de fiscalização.

Participaram da reunião o presidente do sindicato, Eusébio Pinto Neto, a vice, Aparecida Evaristo, e os diretores Reinaldo Pinheiro, Klebson Patrício e Vinicius Mendonça.

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