
Sindicalista alerta sobre riscos do benzeno a frentistas durante Congresso
Durante o Congresso de Saúde Coletiva, a vice-presidente do Sinpospetro-RJ, Aparecida Evaristo, denunciou os riscos do benzeno à saúde dos frentistas.
O evento, que segue até sábado, ocorre na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e reúne pesquisadores, profissionais da saúde e estudantes da América Latina.
Aparecida participou da mesa sobre riscos químicos, a convite da Fiocruz, nesta segunda-feira, 4 de agosto.
Ela afirmou que os frentistas ainda enfrentam insegurança no trabalho, mesmo com a mobilização sindical em todo o país.
De acordo com Aparecida, as empresas desrespeitam normas que garantem a proteção contra substâncias tóxicas como o benzeno.
Com base em pesquisa da Fiocruz com 175 frentistas do Rio, ela alertou que não há nível seguro de exposição ao benzeno.
O estudo, feito entre 2010 e 2016, revelou que esses trabalhadores sofrem riscos constantes de adoecimento ocupacional.
A dirigente criticou a revogação da portaria que exigia, até 2024, a troca das bombas por modelos que captam vapores tóxicos.
Ela explicou que o sistema evita a inalação de gases liberados pela gasolina, como o benzeno, agente cancerígeno.
“É inaceitável retirar uma medida que salva vidas. O benzeno mata, e o governo precisa proteger os trabalhadores”, afirmou Aparecida.
Ela integra a Comissão Nacional do Benzeno, representando os trabalhadores do setor em negociações sobre saúde e segurança.
A sindicalista reforçou a necessidade urgente de tecnologias que garantam ambientes mais seguros nos postos de combustíveis.
O Congresso
O Congresso, que ocorre a cada dois anos, reúne pesquisadores, profissionais da saúde e estudantes.
O evento, que segue até sábado, é um dos mais importantes na área de saúde coletiva na América Latina.
O tema desta edição é “Por democracia, direitos sociais e saúde: retomando o caminho da determinação social e da soberania dos povos”.
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