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Terceirizados da Usiminas em Cubatão podem decretar greve nesta sexta-feira
quinta-feira, 13 de agosto de 2015
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Os 3 mil operários das 18 empreiteiras que prestam serviços à Usiminas Cubatão poderão decretar greve, por tempo indeterminado, a partir de quarta-feira da próxima semana (17).
Com data-base em 1º de agosto, eles participarão de assembleia do sindicato dos trabalhadores na construção civil, montagem e manutenção industrial (Sintracomos), às 7 horas desta sexta-feira (14).
A assembleia será na portaria da siderúrgica, onde os terceirizados analisarão a contraproposta apresentada ao sindicato em negociação na manhã desta quarta-feira (12), que não chegou a consenso.
O presidente do sindicato, Macaé Marcos Braz de Oliveira, diz que os negociadores das empreiteiras “tentaram, na reunião, empurrar uma contraproposta ilusória para a nossa data-base de agosto”.
“Pela ‘matemágica’ deles”, ironiza o sindicalista, “parecia que teríamos um reajuste salarial de 9,80%. Esse índice até que seria aceitável, diante da inflação de 9,38% em 12 meses. Mas não era nada disso”.
Na verdade, explica Macaé, as empresas chegaram a esse percentual através da soma de um reajuste salarial de 7,04% (para quem recebe até R$ 3 mil) mais cesta básica de R$ 180.
“É ou não ‘matemágica’? Para os que recebem acima de R$ 3 mil, os patrões ofereceram incorporação de uma parcela fixa de R$ 211. E a cesta básica só seria concedida ao empregado sem nenhuma falta injustificada”.
O dirigente imediatamente rejeitou o condicionamento da cesta básica à ausência de faltas. E perguntou aos representantes patronais sobre a ‘plr’ e a estabilidade no emprego.
Para essas duas questões, os negociadores das empreiteiras alegam que não podem oferecer participação nos lucros ou resultados porque, segundo eles, não há lucros.
A justificativa para eles não concordarem com a estabilidade no emprego é a mesma em relação a todas as cláusulas, ou seja, a crise econômica.
“O capitalismo tem dessas coisas”, diz Macaé. “Ele cria uma carência mundial para concentrar renda e quer jogar o ônus da crise nas costas dos trabalhadores”.
“A assembleia é soberana para dizer às empresas o que elas devem fazer com essa contraproposta miserável que nos apresentaram. E é melhor parar aqui para não propormos malcriação”, provoca o sindicalista.
A categoria reivindica reajuste salarial com base na inflação acumulada em 12 meses, aumento real de 15%, (plr) corresponde a 1,3 salário nominal e estabilidade no emprego.