Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
8 OUT 2025

Imagem do dia

Seminário Pré-COP30; FOTOS

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Artigos

O tão necessário Salário Mínimo

quarta-feira, 3 de maio de 2023

Artigos

O tão necessário Salário Mínimo

Por: Patricia Pelatieri
O salário mínimo é importante instrumento de política econômica por várias razões: constitui o piso da estrutura salarial dos mercados de trabalho e se destina a proteger os trabalhadores que estão na base da pirâmide salarial, por ser uma referência para a fixação de pisos das categorias e por indicar o valor da remuneração para os trabalhadores informais.
 
No Brasil, o salário mínimo é um direito garantido em constituição, e prevê o bem-estar do trabalhador e sua família, por meio do acesso a bens e serviços de qualidade. Segundo a Constituição de 1988:
 
““Art. 7º – São direitos dos trabalhadores urbanos e rurais, além de outros que visem à melhoria de sua condição social: IV – salário mínimo, fixado em lei, nacionalmente unificado, capaz de atender às suas necessidades vitais básicas e às de sua família com moradia, alimentação, educação, saúde, lazer, vestuário, higiene, transporte e previdência social, com reajustes periódicos que lhe preservem o poder aquisitivo, sendo vedada sua vinculação para qualquer fim; (…)”
 
De forma irregular, o salário mínimo teve seu poder aquisito superior a 1940 nos anos 50 e início dos anos 60, quando passou a ser usado, pelo governo militar para conter inflação, de forma que passou a ter reajustes abaixo da taxa oficial de inflação, perdendo poder de compra. Entre 1996 e 2002, os reajustes do SM foram aleatórios e não se basearam em critérios objetivos. Por isso, nesse período, seu valor real foi reduzido para apenas 30,28% do valor vigente em julho de 1940, quando foi criado.
 
Em 2004, no primeiro mandato presidencial de Luiz Inácio Lula da Silva, as Centrais Sindicais iniciaram uma mobilização nacional conhecida como “Marcha da Classe Trabalhadora a Brasília” com o objetivo, entre outros, de recuperar o poder de compra do SM. Em dezembro de 2006, foi assinado um Protocolo de Intenções entre as Centrais e o Governo Federal. Esse Protocolo previu o reajuste do SM em abril de 2007 com base na inflação acumulada nos doze meses anteriores e no crescimento do PIB em 2005 (dois anos anteriores). Até janeiro de 2011, no início do primeiro mandato da ex-presidenta Dilma Rousseff, o reajuste do SM se baseou nos critérios definidos no Protocolo assinado em 2006, por meio de uma série de Medidas Provisórias. Finalmente, em fevereiro daquele ano, o Congresso Nacional aprovou o projeto de lei de valorização do SM (Lei 12.382/2011), considerando-a uma política essencial ao desenvolvimento do país. Em janeiro de 2015, no início do segundo mandato da ex-presidenta Dilma Rousseff, a Política de Valorização do SM foi prorrogada por mais quatro anos pelo Congresso Nacional, com a aprovação da Lei 13.152, para vigorar até janeiro de 2019.
 
Após o período tenebroso que viveu o Brasil (2016 a 2022), o salário mínimo passa novamente a foco do debate a partir da proposta de uma nova política de valorização do piso. Em meio ao embate entre o governo e o Banco Central, que insiste em aumentar a taxa de juros para reduzir a inflação, a política de valorização do salário mínimo se destaca pela capacidade de gerar mais poder de compra e consumo para uma parcela da população espremida pela falta de renda e pelo descaso no governo nos últimos anos, e por ser um instrumento capaz de alavancar o crescimento.
 
Estimativas do DIEESE por meio da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNADC) apontam que o aumento real do salário mínimo tem um impacto maior nos segmentos mais vulneráveis da população: 28,5 milhões de mulheres, 34,7 milhões de pessoas negras e 7,7 milhões de pessoas idosas. Ademais, 7,7 milhões de pessoas com menos de 14 anos (crianças e adolescentes), que também podem ser consideradas mais vulneráveis, foram impactadas pelo salário mínimo.
 
Só estes números deveriam ser suficientes para justificar a política, mas um olhar cuidadoso nos anos 2000 mostra que, a transferência de renda para as famílias mais pobres, entre elas, a política de valorização do salário mínimo, trouxe um maior consumo, e com isso, mais empregos, mais investimentos, jogando a economia em um ciclo virtuoso de crescimento e fortalecendo o mercado interno.
 
E mais, sem gerar inflação. Importante falar que nos dias de hoje, a inflação é causada por choques de oferta: impactos dos preços internacionais do petróleo, paridade entre os preços dos alimentos produzidos aqui e o preços das commodities, taxa de câmbio em um patamar que estimula a exportação, elevação dos preços dos fretes das exportações e importações, entre tantos outros motivos.
 
Finalmente, os dados dos anos 2000 são opostos às ideias dos conservadores e liberais que defendem que o aumento real e sistemático do salário mínimo causa inflação, reduz a produtividade e causa desemprego e informalidade. Neste período, o Brasil cresceu, reduziu o desemprego e a informalidade:
 
“A conclusão é que, entre 2003 e 2019, o aumento real do salário mínimo (78,61% acima da inflação) foi bem superior ao aumento da produtividade da economia (24,94%) e foi alcançado com inflação controlada e decrescente, redução do desemprego e redução da informalidade” (DIEESE, 2023).
 
Patrícia Toledo Pelatieri é Diretora técnica adjunta do Dieese
 
Texto baseado nas notas sobre o salário mínimo publicadas em abril de 2023, para subsidiar o debate da política de valorização do Salário Mínimo
Proteger os sindicatos é proteger o trabalhador; por João Carlos (Juruna)
João Carlos Gonçalves, (Juruna)

Proteger os sindicatos é proteger o trabalhador; por João Carlos (Juruna)

Juntos somos fortes!
Gleberson Jales

Juntos somos fortes!

Decisão final do STF sobre o Tema 935 (contribuição assistencial)
César Augusto de Mello

Decisão final do STF sobre o Tema 935 (contribuição assistencial)

A força do voto e a participação cidadã na construção de um futuro mais justo
Eusébio Pinto Neto

A força do voto e a participação cidadã na construção de um futuro mais justo

Energia, Trabalho e Soberania: o Brasil que queremos construir
Eduardo Annunciato, Chicão

Energia, Trabalho e Soberania: o Brasil que queremos construir

Tarifaço, Empregos e a Resposta das Centrais Sindicais no Brasil; por Clemente Ganz
Clemente Ganz Lúcio

Tarifaço, Empregos e a Resposta das Centrais Sindicais no Brasil; por Clemente Ganz

Diretores e dirigentes sindicais
João Guilherme Vargas Netto

Diretores e dirigentes sindicais

Dois anos sem João Inocentini
Milton Cavalo

Dois anos sem João Inocentini

Mulheres por igualdade, democracia e trabalho decente
Maria Auxiliadora

Mulheres por igualdade, democracia e trabalho decente

Metalúrgicos em Ação
Josinaldo José de Barros (Cabeça)

Metalúrgicos em Ação

Mercado de Trabalho: Avanços e Persistências; por Marilane Teixeira
Marilane Oliveira Teixeira

Mercado de Trabalho: Avanços e Persistências; por Marilane Teixeira

Indústria forte é Brasil forte!
Cristina Helena Silva Gomes

Indústria forte é Brasil forte!

Se está na convenção, é lei
Paulo Ferrari

Se está na convenção, é lei

Resistir pelos interesses dos trabalhadores!
Cláudio Magrão

Resistir pelos interesses dos trabalhadores!

PL da Devastação é carta branca para o desmatamento sem limites
Márcio Ferreira

PL da Devastação é carta branca para o desmatamento sem limites

Pelo trabalhador
Lineu Mazano

Pelo trabalhador

Abono salarial: veja seu direito no app Carteira de Trabalho Digital
Força 19 DEZ 2025

Abono salarial: veja seu direito no app Carteira de Trabalho Digital

Carta alerta riscos ao FAT e cobra medidas urgentes
Força 18 DEZ 2025

Carta alerta riscos ao FAT e cobra medidas urgentes

Todo apoio a Padre Júlio Lancellotti
Força 18 DEZ 2025

Todo apoio a Padre Júlio Lancellotti

Instituto Meu Futuro encerra ano com festa e certificados
Força 17 DEZ 2025

Instituto Meu Futuro encerra ano com festa e certificados

Guarulhos: Seminário metalúrgico avalia 2025 e planeja 2026
Força 17 DEZ 2025

Guarulhos: Seminário metalúrgico avalia 2025 e planeja 2026

Metalúrgicos da Deca aprovam Convenção Coletiva 2025
Força 17 DEZ 2025

Metalúrgicos da Deca aprovam Convenção Coletiva 2025

Sindicalistas criticam GT de aplicativos composto por Boulos
Imprensa 17 DEZ 2025

Sindicalistas criticam GT de aplicativos composto por Boulos

Confira o calendário de 2026 para pagamento do abono salarial
Imprensa 17 DEZ 2025

Confira o calendário de 2026 para pagamento do abono salarial

Sinpospetro-RJ celebra 40 anos do Cesteh em debate na Fiocruz
Força 16 DEZ 2025

Sinpospetro-RJ celebra 40 anos do Cesteh em debate na Fiocruz

Federação dos Químicos de Goiás filia-se à CNTQ
Força 16 DEZ 2025

Federação dos Químicos de Goiás filia-se à CNTQ

Brasil e Argentina fortalecem unidade no setor pneumático
Força 16 DEZ 2025

Brasil e Argentina fortalecem unidade no setor pneumático

Mobilização em Porto Alegre defende fim da escala 6×1
Força 15 DEZ 2025

Mobilização em Porto Alegre defende fim da escala 6×1

GM Mogi das Cruzes é acusada de coagir e intimidar trabalhadores
Força 15 DEZ 2025

GM Mogi das Cruzes é acusada de coagir e intimidar trabalhadores

Cofen inaugura espaço e celebra avanço pela unificação da Enfermagem
Força 15 DEZ 2025

Cofen inaugura espaço e celebra avanço pela unificação da Enfermagem

Colônias de Férias do Sindnapi reúnem idosos do programa Turismo 60+
Força 15 DEZ 2025

Colônias de Férias do Sindnapi reúnem idosos do programa Turismo 60+

Redução da jornada e fim da escala 6×1 no debate sindical
Imprensa 15 DEZ 2025

Redução da jornada e fim da escala 6×1 no debate sindical

Todo apoio à greve dos petroleiros!
Força 15 DEZ 2025

Todo apoio à greve dos petroleiros!

Proteger os sindicatos é proteger o trabalhador; por João Carlos (Juruna)
Artigos 15 DEZ 2025

Proteger os sindicatos é proteger o trabalhador; por João Carlos (Juruna)

Força Sindical participa do lançamento do Brasil que Cuida
Força 15 DEZ 2025

Força Sindical participa do lançamento do Brasil que Cuida

Centrais e movimento sociais convocam atos nacionais em defesa da democracia
Força 12 DEZ 2025

Centrais e movimento sociais convocam atos nacionais em defesa da democracia

Força Sindical critica Portaria 204 e cobra diálogo
Força 11 DEZ 2025

Força Sindical critica Portaria 204 e cobra diálogo

Juntos somos fortes!
Artigos 11 DEZ 2025

Juntos somos fortes!

NOTA OFICIAL – CNTTT
Força 11 DEZ 2025

NOTA OFICIAL – CNTTT

Comparação das jornadas de trabalho no Brasil e na França
Imprensa 11 DEZ 2025

Comparação das jornadas de trabalho no Brasil e na França

Banco Central: vergonha nacional dá presentão aos especuladores
Força 10 DEZ 2025

Banco Central: vergonha nacional dá presentão aos especuladores

Dia Internacional dos Direitos Humanos reforça luta sindical
Força 10 DEZ 2025

Dia Internacional dos Direitos Humanos reforça luta sindical

Decisão final do STF sobre o Tema 935 (contribuição assistencial)
Artigos 9 DEZ 2025

Decisão final do STF sobre o Tema 935 (contribuição assistencial)

Centrais sindicais exigem queda urgente na taxa Selic
Força 9 DEZ 2025

Centrais sindicais exigem queda urgente na taxa Selic

Trabalhadores da Maggion aprovam reivindicações da Campanha Salarial 2026
Força 9 DEZ 2025

Trabalhadores da Maggion aprovam reivindicações da Campanha Salarial 2026

Sinpospetro-RJ define prioridades e reforça trabalho de base para 2026
Força 9 DEZ 2025

Sinpospetro-RJ define prioridades e reforça trabalho de base para 2026

Aguarde! Carregando mais artigos...