Menu

Mapa do site

Emissão de boleto

Nacional São Paulo

Emissão de boleto

Nacional São Paulo
8 OUT 2025

Imagem do dia

Seminário Pré-COP30; FOTOS

Imagem do dia - Força Sindical

Enviar link da notícia por e-mail

Artigos

Redução da jornada, Saúde e Qualidade de Vida para o Trabalhador

terça-feira, 22 de abril de 2008

Artigos

Redução da jornada, Saúde e Qualidade de Vida para o Trabalhador

Por: Luis Carlos de Oliveira, Luisinho

A redução da jornada de trabalho é uma bandeira de luta que foi hasteada pelos trabalhadores desde o surgimento como classe operaria no inicio do século XII, e até hoje compõe as pautas de reivindicações que os trabalhadores apresentam em suas campanhas. É um direito humano justo e uma necessidade física do trabalhador, conquistada ao longo de sua historia.

Antes do capitalismo, a produção se dava de forma artesanal, em pequena escala e com baixa produtividade. Os artesões determinavam sua própria jornada de trabalho, mas, com surgimento do capitalismo, a produção concentrou-se em uma única planta (fábrica), que inovava a maneira artesanal de se produzir, concentrando vários trabalhadores em uma linha de produção em série, e produziam o equivalente às várias oficinas artesãs existentes na época.

A capacidade de produção dessas fábricas era suficiente para suprir as necessidades de consumo local da época, e ainda produzir excedentes para exportação. Esta capacidade estimulava a ganância capitalista, a ponto de exigir o aumento da produtividade acima dos limites físicos humanos, dia após dia. A alta produtividade, uma virtude do capitalismo, permitiu uma exploração desumana e desenfreada da mão-de-obra. Os trabalhadores eram obrigados a trabalhar mais de 18 horas por dia, num ambiente insalubre e inseguro, sem citar que o trabalho era exercido por homens, mulheres e crianças, sem qualquer critério ou amparo. A prova de que os trabalhadores produziam além dos seus limites, ficou transparente pelos acontecimentos ao longo da história, dos problemas patológicos registrados nos postos médicos e que ate hoje fazem parte dos registros previdenciários. São mortes, mutilações, fadigas, e outros inúmeros acidentes e doenças, como conseqüência deste trabalho desumano e penoso.

Portanto, para se proteger e suportar o sofrimento que o trabalho sob este prisma, provoca, a Classe Operaria necessitava e necessita, de uma jornada menor de trabalho, uma jornada justa, e condizente com a realidade.

A redução da jornada de trabalho, como bandeira de luta hasteada até os dias de hoje, por esta Classe Operária Digna, que surgiu juntamente com o Capitalismo em toda parte do mundo, e que sofre de forma semelhante, anda hoje, os problemas de uma jornada de trabalho excessiva, padece sob o ponto de vista da saúde mental e física do trabalhador, de forma contundente, e clama por justa mudança, empenhada e concisa.

Logicamente não podemos deixar de reconhecer, que a produção em larga escala seria imposta pelo crescimento demográfico, e nem transformar essa necessidade de produzir grandes quantidades, em crime do capitalismo. No entanto, existe sim o crime, e este, está na forma de produzir, desprezando-se os limites da capacidade humana, imponde cruelmente a esta maioria, conseqüências desastrosas, que, além dos prejuízos já sabidos, geram altos custos a toda Nação, prejudicando a sociedade no seu todo, que empobrece na sua qualidade de vida.

Podemos dizer, que apesar de termos hoje, alcançado inúmeras conquistas, tanto no campo social, quanto na melhoria dos ambientes de trabalho, a exemplo da jornada de trabalho de 44 horas semanais, isto não é suficiente!

Os trabalhadores ainda acumulam seqüelas de doenças provenientes da alta exposição a toda sorte de riscos do trabalhador nas linhas de produção, motivadas por uma jornada de trabalho que ainda não se adequou ao grau de desgastes que o trabalhador sofre nesta relação desigual com o trabalho, deixando seqüelas que em muitos casos reduzem consideravelmente a própria capacidade laboral do trabalhador. Podemos observar também que, com o desenvolvimento tecnológico e o surgimento de novas profissões, surgem também novas doenças, a exemplo das adquiridas pelos trabalhadores do tele-atendimento, entre outras.

Não podemos dizer que com a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, os problemas de saúde ocupacionais desaparecerão, mas, podemos afirmar, que irão contribuir significativamente para a diminuição de várias patologias hoje conhecidas.

Sendo assim, partindo do princípio de que a jornada de trabalho atual, ainda prejudica a saúde do trabalhador e sabemos que, Direitos Humanos inalienáveis garantem que o individuo tenha resguardado seu direito à saúde e ao trabalho decente.

Se pensarmos nas necessidades dos trabalhadores, à luz da qualidade de vida, que contempla em seu bojo, a segurança e saúde do trabalhador, entre outros aspectos, seria justo e recomendável, no nosso entendimento, uma jornada de trabalho possivelmente menor do que as 40 horas reivindicas pelos trabalhadores.

No Brasil, segundo dados da própria Previdência, foram registrados mais de 500.000 casos de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho em 2006, enquanto que os números de mortes chegaram a quase 3.000, significando 1 morte a cada 3 horas. É muito mais do que qualquer epidemia ou guerra!

Salientamos, no entanto, que, se juntarmos o trabalho informal, que não está computado, nas estatísticas da Previdência, os números serão significativamente maiores. No caso de mortes, poderão ultrapassar, em termos comparativos, à perda de vidas equivalente à queda de um ‘Boeing’ por mês.

Em termos mundiais, segundo dados da OIT, as mortes por acidentes e doenças relacionadas ao trabalho chegam a 2,2 milhões, por ano, representando 6.000 vítimas fatais por dia, o que é uma calamidade! Por ano as doenças relacionadas ao trabalho chegam a 160 milhões de novos casos, enquanto que os acidentes não fatais, alcançam os 270 milhões.

Os prejuízos são incalculáveis: estima-se que, os países da América Latina e Caribe, vêm gastando cerca de 10% do PIB, com os custos de acidentes e doenças relacionados ao trabalho.

Segundo o próprio governo (dados da Agência Brasil), o Brasil gasta R$ 32 bilhões anuais com custos de acidentes e doenças do trabalho. Estão incluídas neste cálculo, as indenizações pagas pela Previdência, os custos em saúde e a perda de produtividade do profissional.

Outro fato importante não pode ser deixado de lado! Além das questões humanas, podemos salientar também a questão da propriedade, entendendo que, se todos os progressos tecnológicos alcançados pela humanidade, vieram a partir das experiências obtidas na relação do homem com o trabalho, e que foram séculos e séculos de dedicação e de sofrimento em prol da humanidade, toda esta riqueza tecnológica existente, não pode ser propriedade apenas do capitalismo e sim, patrimônio da humanidade.

Assim sendo, os lucros legitimados por esta riqueza e pelo conseqüente progresso dela resultado, deverão ser suficientemente capazes de arcar com os custos de uma redução de jornada de trabalho verdadeira, garantindo trabalho decente para todos os trabalhadores do mundo, recompensando a Classe Operaria por toda sua contribuição neste progresso que o capitalismo obteve desde o seu surgimento no Século XII. Justo não?

Mas não acreditamos que, somente por entender a questão como justa, os empresários concordariam com as aspirações dos trabalhadores, concordando com a redução da jornada de trabalho. Precisaríamos sim, de uma intervenção social e da adoção de uma postura digna do Governo.

Já não é sem tempo para que o Governo Lula, cujo Dirigente Maior, pôde ter a dignidade de participar e liderar a Classe Trabalhadora possa hoje, cumprir com este compromisso crucial e importante, de crescimento social, com a maturidade necessária que os Trabalhadores Brasileiros conclamam.

Homenagem às vítimas de acidentes e doenças do trabalho em 28 de Abril

Dia 28 de Abril O dia 28 de abril é a data em que se rende homenagem em memória às vítimas de acidentes e doenças decorrentes do trabalho em todo o mundo, inclusive no Brasil. É também considerado o Dia Internacional de Segurança e Saúde no Trabalho, marcando posição na prevenção e na busca da saúde do trabalhador, nos locais de trabalho. A data vem sendo lembrada por diversas manifestações e atos públicos, com protestos e homenagem às vitimas do trabalho e divulgação da campanha pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais.

A Força Sindical Nacional, Força Sindical São Paulo e Sindicatos filiados reunidos pela Secretaria Nacional de Segurança e Saúde do Trabalhador irão promover no dia 28 de abril (segunda-feira), um manifesto em memória das vitimas de acidentes do trabalho, evento e ato público de manifestação do dia 28 de abril. Realizará no auditório da Fequimfar, das 9h às 12h, seminário com o tema central Ações Sindicais Afirmativas em Saúde do Trabalhador, que contará com debates e palestras sobre a segurança e saúde do trabalhador, destacando trabalhos com resultados positivos de entidades sindicais nas áreas das Indústrias Química, Metalúrgica e da Construção Civil. Ao final do evento os participantes sairão em passeata até a escadaria do Teatro Municipal.

O slogam deste 28 de abril será ‘Redução da Jornada é + Saúde para o Trabalhador’ inserido nas camisetas que os participantes utilizarão nos eventos.

Luis Carlos de Oliveira, Luisinho – diretor do Sindicato dos Metalúrgicos SP e coordenador do Departamento de Saúde e Segurança do Trabalhador (DSST)

A permanente luta contra a desigualdade no Brasil
Eusébio Pinto Neto

A permanente luta contra a desigualdade no Brasil

Energia, Trabalho e Soberania: o Brasil que queremos construir
Eduardo Annunciato, Chicão

Energia, Trabalho e Soberania: o Brasil que queremos construir

Tarifaço, Empregos e a Resposta das Centrais Sindicais no Brasil; por Clemente Ganz
Clemente Ganz Lúcio

Tarifaço, Empregos e a Resposta das Centrais Sindicais no Brasil; por Clemente Ganz

Diretores e dirigentes sindicais
João Guilherme Vargas Netto

Diretores e dirigentes sindicais

Dois anos sem João Inocentini
Milton Cavalo

Dois anos sem João Inocentini

Mulheres por igualdade, democracia e trabalho decente
Maria Auxiliadora

Mulheres por igualdade, democracia e trabalho decente

Metalúrgicos em Ação
Josinaldo José de Barros (Cabeça)

Metalúrgicos em Ação

Mercado de Trabalho: Avanços e Persistências; por Marilane Teixeira
Marilane Oliveira Teixeira

Mercado de Trabalho: Avanços e Persistências; por Marilane Teixeira

Indústria forte é Brasil forte!
Cristina Helena Silva Gomes

Indústria forte é Brasil forte!

Se está na convenção, é lei
Paulo Ferrari

Se está na convenção, é lei

O lado positivo das homologações sindicais; por César Augusto
César Augusto de Mello

O lado positivo das homologações sindicais; por César Augusto

Resistir pelos interesses dos trabalhadores!
Cláudio Magrão

Resistir pelos interesses dos trabalhadores!

PL da Devastação é carta branca para o desmatamento sem limites
Márcio Ferreira

PL da Devastação é carta branca para o desmatamento sem limites

Pelo trabalhador
Lineu Mazano

Pelo trabalhador

Uma Análise da Retórica Populista à Luz do Pensamento Marxista
Diógenes Sandim Martins

Uma Análise da Retórica Populista à Luz do Pensamento Marxista

Metalúrgicos de SP reelegem Diretoria com unanimidade
Força 28 NOV 2025

Metalúrgicos de SP reelegem Diretoria com unanimidade

Campanha Salarial 2026 do Sintrabor segue a pleno vapor
Força 28 NOV 2025

Campanha Salarial 2026 do Sintrabor segue a pleno vapor

Reunião da FEQUIMFAR define desafios e prioridades para 2026
Força 28 NOV 2025

Reunião da FEQUIMFAR define desafios e prioridades para 2026

13º salário: direito garantido pela luta sindical
Força 28 NOV 2025

13º salário: direito garantido pela luta sindical

STIEESP contribui para decisões estratégicas e aprovações financeiras da CNTI
Força 28 NOV 2025

STIEESP contribui para decisões estratégicas e aprovações financeiras da CNTI

Químicos tomam posse na nova diretoria do DIESAT 2025–2028
Força 28 NOV 2025

Químicos tomam posse na nova diretoria do DIESAT 2025–2028

Sintepav-BA intensifica luta pelo fim da violência contra a mulher
Força 28 NOV 2025

Sintepav-BA intensifica luta pelo fim da violência contra a mulher

Dia do técnico de segurança do trabalho celebra avanços
Força 27 NOV 2025

Dia do técnico de segurança do trabalho celebra avanços

Juventude e Trabalho: novos sentidos da resistência
Imprensa 27 NOV 2025

Juventude e Trabalho: novos sentidos da resistência

Miguel Torres dialoga com ministro do STF sobre pautas trabalhistas
Força 27 NOV 2025

Miguel Torres dialoga com ministro do STF sobre pautas trabalhistas

Isenção do IR até R$ 5 mil marca avanço histórico
Força 26 NOV 2025

Isenção do IR até R$ 5 mil marca avanço histórico

Força participa de encontro dos Fóruns do Ministério das Mulheres
Força 26 NOV 2025

Força participa de encontro dos Fóruns do Ministério das Mulheres

Scaboli participa da 1ª reunião da CISTT em Brasília
Força 26 NOV 2025

Scaboli participa da 1ª reunião da CISTT em Brasília

Sindec-POA conquista aumento real e avança em direitos sociais
Força 26 NOV 2025

Sindec-POA conquista aumento real e avança em direitos sociais

13º salário: uma conquista histórica dos sindicatos
Força 26 NOV 2025

13º salário: uma conquista histórica dos sindicatos

Isenção do IR: vitória das entidades sindicais
Palavra do Presidente 26 NOV 2025

Isenção do IR: vitória das entidades sindicais

Conatec/Fenatec 2025 abre debates sobre inovação sindical
Força 25 NOV 2025

Conatec/Fenatec 2025 abre debates sobre inovação sindical

Frentistas do estado de SP iniciam campanha salarial 2026
Força 25 NOV 2025

Frentistas do estado de SP iniciam campanha salarial 2026

Eletricitários SP cobram soluções do MME para problemas na ENEL
Força 25 NOV 2025

Eletricitários SP cobram soluções do MME para problemas na ENEL

Ato dia 27 contra retirada de patrocínio do PSAP/Eletropaulo
Força 25 NOV 2025

Ato dia 27 contra retirada de patrocínio do PSAP/Eletropaulo

13º salário: fruto da luta dos sindicatos
Palavra do Presidente 25 NOV 2025

13º salário: fruto da luta dos sindicatos

Centrais convocam plenária preparatória para etapa Estadual da 2ª CNT
Força 24 NOV 2025

Centrais convocam plenária preparatória para etapa Estadual da 2ª CNT

Décimo terceiro: regras, prazos e direitos do trabalhador
Imprensa 24 NOV 2025

Décimo terceiro: regras, prazos e direitos do trabalhador

Escala 6×1 amplia desigualdades e afeta trabalhadores negros
Imprensa 24 NOV 2025

Escala 6×1 amplia desigualdades e afeta trabalhadores negros

Premiação do 39º Campeonato Hoteleiro de Futebol (Hoteleirão)
Força 24 NOV 2025

Premiação do 39º Campeonato Hoteleiro de Futebol (Hoteleirão)

Eletricitários se mobilizam em defesa do plano de previdência PSAP/Eletropaulo
Força 24 NOV 2025

Eletricitários se mobilizam em defesa do plano de previdência PSAP/Eletropaulo

Mais grupos patronais fecham acordos da Campanha Salarial dos Metalúrgicos
Força 24 NOV 2025

Mais grupos patronais fecham acordos da Campanha Salarial dos Metalúrgicos

Sindec-POA lança HQ para incentivar sindicalização
Força 24 NOV 2025

Sindec-POA lança HQ para incentivar sindicalização

Centrais debatem desenvolvimento com embaixador chinês
Força 21 NOV 2025

Centrais debatem desenvolvimento com embaixador chinês

Racismo estrutural e jornada 6×1: impactos sobre trabalhadores negros
Imprensa 20 NOV 2025

Racismo estrutural e jornada 6×1: impactos sobre trabalhadores negros

Aguarde! Carregando mais artigos...