
Centrais apresentam proposta de reajuste do piso regional do RS ao governo
Centrais apresentam proposta de reajuste do piso regional do RS ao governo
As centrais sindicais no Rio Grande do Sul tiveram uma reunião na quinta-feira (20) na Secretaria de Relações de Trabalho do governo do estado para debater o reajuste do salário mínimo regional para 2025 e entregar a pauta de reivindicações das entidades sindicais.
Participaram do encontro representantes do Fórum das Centrais Sindicais, do governo estadual, por meio do secretário do Trabalho, Gilmar Sossela, e empresários.
De acordo com as entidades, a melhoria na distribuição de renda por meio da valorização do piso regional é essencial para resguardar a base da da hierarquia salarial dos segmentos mais vulneráveis, presentes em setores e regiões em que a organização sindical tem menor alcance.
“A valorização do piso regional, ao contrário do que alguns setores empresariais afirmam, significa um necessário instrumento de democratização de renda, desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida para milhares de trabalhadores, gerando um círculo virtuoso de salário e demanda agregada”, argumentam as centrais.
De acordo com o documento apresentado à secretaria, os estados de Santa Catarina e Paraná, que têm características socioeconômicas similares ao RS, também possuem pisos regionais e que tiveram ajustes cumulativos entre 2019 e 2025 de 49,4% e 51,8% respectivamente. Já o Rio Grande do Sul teve reajuste de 33,9% no mesmo período.
“Defendemos que a valorização do piso regional pode contribuir para manter a trajetória de recuperação da economia e como contrapartida aos incentivos fiscais e ao atendimento da agenda das federações empresariais”, diz o texto.
Conforme os cálculos das entidades, para manter a relação do valor da menor faixa salarial do piso e o salário mínimo vigente em 2001, quando a lei entrou em vigor, seria necessário um reajuste de 17,3% em 1º de maio de 2025.
Confira as reivindicações das centrais:
- Reajuste total de 17,3% para 1º de maio de 2025;
- Inclusão de novas categorias, ainda não contemplados, com criação de novas faixas;
- Alteração de faixas de categorias que apresentem defasagem na faixa atual;
- Colocar o piso na constituição do Estado, estabelecendo critério de reajuste geral, levando-se em conta o crescimento da economia nacional e estadual, mais a inflação;
- Incluir na Lei a garantia do piso como vencimento mínimo aos servidores públicos do Estado; e
De acordo com as lideranças das centrais sindicais, mais duas reuniões já estão marcadas para debater a pauta, uma em 31 de março e outra em 10 de abril.
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