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Começa negociação salarial com empreiteiras na Usiminas em Cubatão
segunda-feira, 6 de julho de 2015
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Diante de uma crise sem referência na história recente da Usiminas Cubatão, o sindicato dos trabalhadores na construção civil, montagem e manutenção industrial (Sintracomos) de Santos inicia a negociação de data-base com 18 empreiteiras que prestam serviços à fábrica de aço.
A reunião está marcada para esta terça-feira (7), às 10 horas, na sede do sindicato, e envolve três mil operários, que reivindicam reajuste salarial com base na inflação acumulada em 12 meses e aumento real de 15%. A data de renovação do acordo coletivo é 1º de agosto.
“Estamos diante de uma crise, com a desativação temporária de um alto-forno da siderúrgica, mas isso não quer dizer que as reivindicações econômicas e sociais dos trabalhadores devam ser preteridas”, diz o presidente do Sintracomos, Macaé Marcos Braz de Oliveira.
“A verdade é que qualquer crise é sempre debitada no lombo do trabalhador, pois os empresários, de fato, nada perdem com elas. Apenas deixam de ganhar, o que são coisas distintas. O trabalhador, não. Ele sempre acaba perdendo”, diz o sindicalista.
Greve?
Baseado nesse raciocínio, Macaé diz que conduzirá a campanha salarial deste ano como nos anos anteriores, quando várias greves acabaram decididas na Justiça do Trabalho, quase sempre em benefício dos empregados.
“Não defendemos a greve como única forma de pressão para um bom acordo. Ao contrário, apostamos no diálogo com as empresas. Mas às vezes a intransigência patronal nos leva a procurar a juridicidade do TRT (Tribunal Regional do Trabalho)”, lembra o líder sindical.
O presidente do Sintracomos declara-se “um otimista” e aposta na superação da crise econômica: “A indústria já deu os primeiros sinais de recuperação, conforme o noticiário dos últimos dias, e pode haver um restabelecimento no segundo semestre ou nos primeiros seis meses de 2015”.
“Se isso acontecer e tivermos fechado um acordo ruim, com a justificativa de salvaguardar empregos, ficaremos um ano, até agosto de 2015, amargando os resultados de uma campanha salarial mal conduzida e com desfecho negativo”, observa Macaé.
Reivindicações
Além do reajuste com base na inflação e do aumento real, a assembleia dos trabalhadores, em 18 de junho, incluiu na pauta de reivindicações os pisos salariais de R$ 1.653,32 para qualificados e R$ 1.270,30 para ajudantes.
A categoria cobra ainda tíquete alimentação de R$ 450 por mês, inclusive no período de disponibilidade pela empresa em casa, no afastamento por auxilio doença ou acidente, nas férias anuais e coletivas, com o valor creditado até o dia 5 de cada mês.
A participação nos lucros ou resultados (plr) corresponde a 1,3 salário nominal também está na lista, assim como horas extras de 100% e 150%, seguro de vida e manutenção das cláusulas do acordo coletivo vigente.