
Na foto, o presidente do Sintracomos, Ramilson Manoel, em assembleia nesta terça-feira
Os 650 operários da empreiteira LCD, adquirida recentemente pela NXN, continuam em greve, iniciada na segunda-feira (9), contra atraso do pagamento que deveria ter sido feito na sexta-feira (6).
Em assembleia na manhã desta terça-feira (10), na subsede do Sintracomos (sindicato dos trabalhadores na construção civil, montagem e manutenção industrial) em Cubatão, eles decidiram continuar parados.
A empresa presta serviços terceirizados eletroeletrônicos à refinaria Presidente Bernardes (RPBC Petrobras) e seus trabalhadores, entre eles um bom número de mulheres, são altamente qualificados.
Tempo indeterminado
O presidente do sindicato, Ramilson Manoel, orientou ao departamento jurídico da entidade a tentar a liberação dos pagamentos pela via administrativa ou judicial.
“O mais importante, porém, é a manutenção da greve por quanto tempo for necessário”, diz o sindicalista. Na manhã desta quarta-feira (11), no mesmo local, haverá nova assembleia.
De acordo com ele, a Petrobras pode ser responsabilizada solidariamente porque, como contratante, tem obrigação de fiscalizar e garantir o cumprimento dos direitos trabalhistas.
Bloqueio contratual
Ramilson defende que os operários recebam os atrasados com juros, correção monetária e indenizações por danos morais, além da multa prevista em acordo coletivo.
O sindicalista pondera que os trabalhadores têm compromissos como aluguel, prestações, boletos, produtos essenciais, principalmente de alimentação, e não podem ficar sem os salários.
Ele sustenta que a Petrobras bloqueie o pagamento da empreiteira pelos serviços prestados por meio da mão de obra e ela mesmo salde a dívida com as devidas correções.
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