
Emprego formal no setor privado cresceu 4,2% em 2024, aponta Dieese
O número de empregos formais no setor privado cresceu 4,2%, em 2024, com a geração de 1,589 milhão de postos de trabalho no país. O total passou de 38,266 milhões para 39,855 milhões. É o que aponta o levantamento do Dieese.
De acordo com o estudo, apenas 10 setores responderam por 56,0% do estoque total de vagas no país, com o comércio varejista à frente, (7,280 milhões de empregos).
Ainda de acordo com o levantamento, os segmentos com maior crescimento do emprego formal foram:
- serviços de escritório, de apoio administrativo e outros serviços prestados às empresas (8,3%);
- atividades de atenção à saúde humana (4,9%);
- comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (4,8%); e
- serviços para edifícios e atividades paisagísticas (4,8%).
A remuneração média dos empregos formais, contudo, cresceu só 0,3% em 2024, passando de R$ 3.168 para R$ 3.176, em valores atualizados.
No setor de serviços de escritório, de apoio administrativo e outros serviços prestados às empresas, apesar do crescimento do emprego, a remuneração média diminuiu 0,5%. No segmento de atividades de atenção à saúde humana, a variação negativa da remuneração foi de 0,2%.
Cerca de 80,5% dos reajustes têm ganhos reais, em Março de 2025
O Caderno de Negociações do Dieese aponta que as negociações coletivas da data-base março, 80,5% dos reajustes registrados no Mediador até 4 de abril resultaram em ganhos reais aos salários, na comparação com a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (INPC-IBGE).
O levantamento aponta ainda que outras 10,4% tiveram resultados iguais à inflação e 9,1% ficaram abaixo dela. A variação real média da data-base março é, até o momento, de 0,81% acima do INPC.
Destaca para os trabalhadores nos transportes e na construção e mobiliário alcançaram ganhos reais em mais de 90% dos casos, nos últimos 12 meses.
Por outro lado, menos da metade das negociações dos trabalhadores em empresas de comunicação e dos profissionais liberais conseguiu esse resultado.
O maior valor médio dos pisos é dos profissionais liberais (R$ 3.477) e o menor, o dos trabalhadores em comunicação e nas indústrias têxteis (R$ 1.638 em ambas).
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