Os postos de combustíveis devem avaliar o fator de risco em cada área do ambiente de trabalho. Este mapeamento revela o grau de exposição individual dos trabalhadores a agentes nocivos e tóxicos.
O levantamento é necessário para o preenchimento correto do Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP).
O presidente do Instituto Brasileiro de Saúde Ocupacional, Derval de Oliveira, que ministra o curso de cipeiros no SINPOSPETRO-RJ, explicou que os riscos ocupacionais podem ser classificados em químicos, biológicos, físicos, ergonômicos e acidentes.
Os funcionários foram submetidos a uma dinâmica de grupo para identificar os perigos ocupacionais presentes no ambiente laboral.
Além de identificarem os riscos existentes nos postos, os cipeiros demonstraram ter consciência da contaminação a que estão sujeitos.
Derval advertiu que, dentre os riscos, o químico é o mais grave para os frentistas, uma vez que os combustíveis contêm compostos tóxicos à saúde, como o benzeno presente na gasolina.
O presidente do SINPOSPETRO-RJ, Eusébio Pinto Neto, destacou a relevância da CIPA nos postos de combustíveis para reduzir os riscos de acidentes. Ele disse ser importante investir em cursos de qualificação profissional.
Eusébio ressaltou a necessidade de receber orientações sobre as normas regulamentadoras que protegem os trabalhadores no ambiente laboral.
PPP
Para solicitar a aposentadoria especial, é necessário apresentar o Perfil Profissiográfico Previdenciário (PPP), que deve conter todas as informações sobre as funções e o tempo em que o empregado esteve exposto a agentes químicos e tóxicos.
Rotatividade
De acordo com Derval de Oliveira, o aumento da rotatividade nos postos de combustíveis pode causar danos à saúde do trabalhador.
A mudança frequente no quadro de funcionários indica que o ambiente de trabalho não está adequado e saudável para o empregado.
Conscientização
Eusébio Neto destacou a importância da conscientização do trabalhador para escolher os seus representantes para os poderes executivo e legislativo.
Ele disse que a política brasileira é dominada pelas elites formadas por empresas multinacionais e banqueiros, que usam o poder econômico para financiar parlamentares que apresentam projetos contrários à classe trabalhadora.
“Há diversos projetos no Congresso que pedem a revogação da Lei 9.956, que proíbe a instalação de bombas de autosserviço em postos de combustíveis de todo o país. Essa lei assegura o emprego de cerca de 500 mil frentistas. Teremos uma eleição no próximo domingo, portanto é preciso refletir para escolher candidatos que defendam a causa do trabalhador”, disse.
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