Na cidade de São Paulo, o 9 de julho é oficialmente o DIA DA LUTA OPERÁRIA. Instituído por Lei Municipal em 2017, proposta pelo então vereador Donato, a data vem se consolidando como tradição da classe trabalhadora.
A cada ano, trabalhadoras e trabalhadores se reúnem para celebrar a cultura operária. A cada ano, lutadoras e lutadores são homenageados com o Troféu José Martinez. A cada ano, as histórias das nossas lutas são relembradas e contadas.
Para que não nos esqueçamos de onde viemos e como chegamos até aqui. Em 2025 o Dia da Luta Operária será na sede da CTB, Rua Cardoso de Almeida, 1843, Sumaré (sede da CTB) a partir das 9 horas.
Confira:
O que é o IIEP?
No vídeo gravado pelo IIEP – Intercâmbio, Informações, Estudos e Pesquisas, o secretário-geral da Força Sindical, Juruna – João Carlos Gonçalves, relembra a campanha salarial unificada de 1985 na cidade de São Paulo, que reuniu diversas categorias sob a bandeira da edução da jornada de trabalho.
Desde então, o IIEP desenvolve estudos, pesquisas, intercâmbio de experiências e informações, eventos, publicações, filmes e outras formas de difusão sobre diferentes temas relacionados à questão central da relação trabalho, educação e cultura operária, atuando no sentido da valorização da cultura das classes trabalhadoras. Hoje, a atuação do IIEP está estruturada em dois eixos principais:
Memória política dos trabalhadores e das trabalhadoras
O IIEP se converteu, a partir do Projeto Memória da Oposição Sindical Metalúrgica-SP, em um receptáculo de diversas coleções e arquivos de organizações operárias e populares e militantes, com um trabalho regular de coleta de testemunhos de trabalhadores, bem como a produção de livros, revistas, folhetos e cartazes. Neste trabalho, valorizamos sempre a construção da memória pelos próprios sujeitos das histórias que contamos, ou seja, pelo que chamamos pesquisadores-trabalhadores: gente que participou dos movimentos operários e populares e aprendem a investigar e cuidar dos arquivos junto a jovens estudantes e acadêmicos.
Luta por justiça e reparação
A referência nesta área é o inquérito contra a Volkswagen, entre 2015 e 2020, que revelou a participação direta da empresa em graves violações de direitos dos trabalhadores em cumplicidade com o terrorismo de Estado da Ditadura de 1964-1988.
A articulação para a abertura do inquérito, a escrita da representação contra a empresa e a reunião dos trabalhadores vitimados, de advogados e interessados no tema tiveram acompanhamento e protagonismo do IIEP.
A Volkswagen se viu constrangida a pagar R$ 36,5 milhões e reconhecer a sua responsabilidade. A conclusão do processo, para além de trazer importantes lições pelo seu ineditismo, abriu um flanco significativo na luta por Memória, Verdade, Justiça e Reparação. Hoje, outras empresas foram investigadas e respondem ao Ministério Público por cumplicidade com a Ditadura.
O IIEP, junto a vitimados, sindicatos, Centrais Sindicais, lutadores por direitos humanos, entidades representativas e movimentos populares constrói o Fórum por Verdade, Justiça e Reparação, movimento que luta pela conquista de medidas que garantam a Reparação completa, adequada, coletiva e efetiva.
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