
Liderados pelo presidente da Federação dos Metalúrgicos SP os metalúrgicos da Força começam campanha salarial no Estado de São Paulo
Os 54 sindicatos da categoria, coordenados pela Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo, representam os trabalhadores.
Nesta terça-feira (26), dirigentes de todas as entidades reúnem-se na sede da Federação, em São Paulo, para debater a conjuntura econômica, política, trabalhista e sindical.
Eles também definiram uma pré-pauta da campanha salarial e negociam o documento com mais de 10 grupos patronais.
Miguel Torres, presidente da Força Sindical, afirma que os trabalhadores devem debater o momento político durante a campanha salarial.
Ele alerta:
“Precisamos ficar atentos. O governo Trump ameaça a soberania do Brasil ao taxar nossos produtos, afetando empregos, acordos comerciais e prejudicando a economia.”

Miguel Torres, presidente da Força Sindical e do Sindicato dos Metalúrgicos SP ressalta que durante a campanha deste ano, a categoria deve debater também o atual momento político que vive o país!
Após a explanação do Dieese e as propostas da mesa diretiva, os dirigentes aprovam a pauta.
Na análise do Dieese e avaliação dos dirigentes, o cenário econômico é bom, pois estamos num momento de crescimento industrial, melhoria no nível de empregos e tendência de queda na inflação.
Conheça as principais reivindicações da pauta aprovada:
- Aumento real de salário, acima do INPC.
- Recomposição nos valores dos Pisos salariais da categoria.
- Fim da escala 6×1.
- Manutenção dos empregos.
- Garantia dos direitos das 10 Convenções Coletivas de Trabalho.
Economista
José Osmair Polisel, assessor econômico do Sindicato dos Metalúrgicos de São Paulo e Mogi das Cruzes, informou que a inflação medida pelo INPC/IBGE está estimada em 5,04% .
“Os trabalhadores vão lutar na campanha salarial pela recuperação destas perdas salariais mais o aumento real”, explica o economista.
Rodolfo Viana, economista do Dieese do Sindicato dos Metalúrgicos de Guarulhos, disse que será baixo os impactos do tarifaço de Trump na indústria nacional.
Ele ressalta que boa parte dos produtos industriais vão para o mercado interno ou se destinam aos países do Mercosul.
“O governo está protegendo setores mais atingidos e vem conseguindo ampliar o número de países para quem exportamos”.
Ele mostrou os dados positivos dos setores produtivos metalúrgicos. Por exemplo: “A indústria brasileira cresceu 7,14% nos últimos 12 meses”, disse Rodolfo.
Enfrentar a choradeira
Eliseu Silva Costa, presidente da Federação dos Metalúrgicos do Estado de São Paulo afirmou:
“Como todos os anos, também vamos enfrentar a “choradeira” patronal. É sempre assim: patrões em geral não gostam de dividir sua riqueza com quem a produz, ou seja, os trabalhadores.”
De acordo com o dirigente, esse ano vamos a categoria vai enfrentar uma situação diferenciada, o “Tarifaço” imposto pelo governo dos Estados Unidos a todos os países que exportam seus produtos para lá e o Brasil não está fora disso.
“Nosso país tem sido penalizado não por questões comerciais, mas por questões políticas da família Bolsonaro e seus apoiadores, traidores da pátria, contra o povo brasileiro”, acrescentou.

Dirigentes sindicais de todo o Estado de São Paulo aprovam pauta que será levada às assembleias de cada Sindicato
Assembleias
Cada Sindicato realizará assembleias, convocando suas bases para tratar da pauta aprovada na plenária da Federação. Após isso, a pauta geral será encaminhada ao patronato para início das negociações.
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