Mulheres frentistas exigem direitos e dignidade no Senado

Mulheres frentistas denunciam abusos e exigem direitos em audiência no Senado, cobrando proteção às gestantes e igualdade no setor de combustíveis

Mulheres frentistas exigem direitos e dignidade no Senado

Na segunda-feira, 11, mulheres frentistas e sindicalistas participaram de audiência pública no Senado, proposta pelo senador Paulo Paim, para discutir condições de trabalho insalubres.

O presidente do Sinpospetro-RJ, Eusébio Pinto Neto, defendeu o afastamento remunerado das gestantes expostas ao benzeno. Ele destacou a importância de garantir um ambiente seguro e digno.

Lugar de fala

Telma Cardia, secretária da mulher da Fenepospetro, denunciou que empresas puniam grávidas afastadas, retirando benefícios. Ela pediu fiscalização contra uniformes inadequados e práticas discriminatórias.

Aparecida Evaristo relatou perseguições a funcionárias que reivindicavam direitos, como folgas mensais, e criticou empregadores que evitavam contratar mulheres para não cumprir a legislação.

Maternidade ameaçada

Renata Lucas revelou que muitas frentistas desistiram da maternidade para manter o emprego. Ela elogiou sindicalistas que abriram mão de sonhos pessoais para defender outras mulheres.

Garantias legais

A procuradora Cirlene Zimmermann, do Ministério Público do Trabalho, reafirmou que a lei garante afastamento sem perda salarial às gestantes, incluindo o adicional de periculosidade. Ela lamentou o descaso dos empregadores.

Assédio e discriminação

Shakti Prates Borela, do Ministério do Trabalho, informou que, em 2024, houve mais de duas mil denúncias contra postos, muitas por assédio moral e sexual. Ela ressaltou a necessidade da presença feminina no movimento sindical.

Capacitação e homenagem

Maria Angelica Costa anunciou que o Ministério das Mulheres lançará um curso para dirigentes sindicais até o fim do ano.

Os sindicalistas homenagearam Paulo Paim com uma placa, reconhecendo sua atuação em defesa dos frentistas.

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