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Santos: Sintracomos mantém empregos, salários e direitos na construção
quinta-feira, 26 de março de 2020
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Os empregos, salários, direitos coletivos e individuais estão mantidos na construção civil, montagem e manutenção industrial da baixada e litoral santista neste período de coronavírus.
O mesmo acontece nas empresas de economia mista, entre elas Prodesan e Codesavi (esta absorvida pela prefeitura de São Vicente), onde o Sintracomos representa os trabalhadores.
O presidente do sindicato, ‘Macaé’ Marcos Braz de Oliveira, diz que “as negociações com as empresas foram intensas, nos últimos dias, e bastante proveitosas”.
Segundo ele, foi preciso adotar algumas medidas como férias coletivas, turnos de revezamento e bancos de horas. “Mas os postos de trabalho, salários e direitos estão garantidos”.
“Um setor importante como o nosso não pode parar, mesmo diante da grave crise do coronavírus”, diz Macaé. “Estamos negociando para os trabalhadores não terem perdas”.
Férias coletivas
Para ele, “é melhor ter férias coletivas ou banco de horas do que perder o emprego. Sempre fui contra bancos de horas, mas na atual situação, não há como fugir deles”.
Nas férias coletivas, o pessoal fica em casa, mas recebe os salários. E nos bancos de horas, também. Quando tudo voltar ao normal, as compensações serão de duas horas por dia ou aos sábados.
Dependendo do número de empregados nas empreiteiras, são montados dois e até três turnos. Dois trabalham e um folga, sempre em sistema de revezamento.
Os trabalhadores com mais de 60 anos estão em casa, por medida de precaução, mas recebendo normalmente os salários, conforme os entendimentos do sindicato com as empresas.
Material de proteção
O sindicato também negociou com as empresas o fornecimento de equipamentos de proteção individual, como luvas e máscaras. Foram instaladas pias extras, nos locais de trabalho, para higiene das mãos.
Nos refeitórios, não entra todo mundo de uma vez e são mantidas as distâncias de segurança entre os operários. Os ônibus, que transportavam 44 trabalhadores, agora levam apenas 22.
As ‘paradas’ de manutenção na refinaria da Petrobras e na empresa de fertilizantes Yara, com 5 mil homens, foi suspensa temporariamente. “De resto, tudo segue normalmente”, avalia Macaé.
Empresas de economia mista
Na empresa de economia mista Progresso e Desenvolvimento de Santos (Prodesan), a perua do sindicato ajuda a distribuir máscaras, luvas e material de proteção nos locais de trabalho.
Na extinta Companhia de Desenvolvimento de São Vicente (Codesavi), cujos trabalhadores foram absorvidos pela prefeitura, 35% têm acima de 60 anos e estão em casa, mas recebendo os salários.
Sede, subsedes, aposentados e escola
A sede em Santos e as subsedes em Cubatão, Guarujá, Bertioga, São Vicente e Praia Grande estão fechadas para o público, mas funcionando internamente. O atendimento é por telefone, WhatsApp e e-mail.
O departamento de aposentados também está temporariamente fechado: “Queremos nossos velhinhos em casa e não no sindicato ou na rua, para não se contaminarem”, diz Macaé.
O centro técnico de especialização profissional (Ctep), escola do sindicato, também está fechado até segunda ordem. “Estamos de acordo com os protocolos de segurança”, finaliza o sindicalista.